Caso Isabela: homem de boné deixou menina em armazém e fugiu
Isabela foi deixada com roupa curta na porta do local; uma vizinha agasalhou e alimentou a criança, que reencontrou os pais na delegacia
atualizado
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São Paulo – Um homem de boné preto e camiseta branca deixou a menina Isabela, de 2 anos, na porta de um comércio, uma espécie de armazém, na Vila Luzita, em Santo André, Grande São Paulo, no fim da tarde desta segunda-feira (3/7). Ele fugiu em seguida e não há mais informações sobre sua identidade. A menina estava desaparecida desde sexta-feira (30/6), quando foi sequestrada na zona sul de São Paulo.
Ao ver a criança, o dono do comércio chamou uma vizinha para ajudar. A mulher estranhou o fato de a menina estar com roupas curtas num dia frio e colocou roupas do filho para aquecê-la. Em seguida, ligou para a mãe, a GCM Mércia Souza, 49 anos, para pedir orientação sobre o que fazer.
Mércia avisou que iria até lá, mas orientou a filha a alimentar a criança e chamar a polícia e a GCM. Isabela, então, tomou suco e comeu algumas bolachas. As viaturas da GCM e da Polícia Militar chegaram ao local praticamente ao mesmo tempo.
Fralda suja
Com a menina no colo, Mércia foi com outros guardas e policiais até o 6º DP, delegacia da área, onde a criança foi identificada como Isabela. Na sequência, o 11º DP (Santo Amaro), que investigava o desaparecimento, foi acionado. Segundo a GCM Mércia, a fralda suja de xixi que a menina usava foi entregue à polícia.
Os pais e outros familiares de Isabela receberam a notícia no 11º DP (Santo Amaro). Todos comemoraram, e a mãe da criança, Evanisa Vieira da Silva, chegou a desmaiar.
O pai, Gilson Santos Nascimento, não conteve a emoção: “Pedi tanto a Deus e consegui minha filha de volta”, disse ao Metrópoles. Os pais e um irmão foram levados a Santo André pela polícia.
Segundo Mércia, a mãe da menina, Evanisa Vieira da Silva, ficou em choque ao ver a filha. O irmão da criança também chorava muito. Foi Mércia quem entregou Isabela para os pais. “Ela ficou interagindo o tempo todo. É uma criança muito simpática. A gente já está até com saudade”, disse a GCM.
Polícia procura suspeita
A principal suspeita do sequestro é uma mulher que se apresentava como amiga da família e era chamada por “Tia Sandra”. Ela teria agido com pelo menos dois outros comparsas, que ajudaram a colocar a criança em um carro e fugir, no cruzamento das ruas Coronel Luís Barroso e Vera Cruz, em Santo Amaro.
Na noite desta segunda (3/7), a Polícia Civil de São Paulo fazia operação para encontrar “Tia Sandra”. A verdadeira identidade da suspeita não foi divulgada. Mas, segundo o delegado Marcel Druziani, do 11º DP, a mulher se aproximou nos últimos meses da mãe da menina oferecendo fraldas, alimentos e dinheiro.