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Caso Igor Peretto: irmã envolvida no crime tem habeas corpus negado

Marcelly Peretto teve liminar em habeas corpus negada pela Justiça de SP. Rafaela Costa, esposa da vítima, também teve a liberdade negada

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Marcelly e Igor Peretto. - Metrópoles
1 de 1 Marcelly e Igor Peretto. - Metrópoles - Foto: Reprodução/Polícia Civil

São Paulo — A irmã de Igor Peretto, empresário morto a facadas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, teve a liminar em habeas corpus negada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) no dia 19 de novembro. A defesa de Marcelly Marlene Delfino Peretto buscava a liberdade provisória da ré, que é acusada de participação no crime que vitimou o irmão.

A cunhada de Marcelly e esposa de Igor, Rafaela Costa da Silva, vista pela Polícia Civil como pivô do crime, também teve um habeas corpus negado recentemente.

No mesmo 19 de novembro, Marcelly e Rafaela foram transferidas para o Centro de Detenção Provisória Feminino de Franco da Rocha, no interior paulista. Anteriormente, elas estavam presas na Cadeia Pública Feminina de São Vicente.

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Entenda a genealogia da família Peretto. Imagem: Metrópoles
Entenda quem é quem no assassinato do empresário Igor Peretto, no litoral de São Paulo
Igor Peretto, Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva
Igor Peretto e Mario Vitorino conversam no elevador antes da morte de Igor
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Igor Peretto, Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva

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Pedido de habeas corpus

Representada pelo advogado Yaakov Kalman Weissmann, a defesa de Marcelly impetrou uma liminar em habeas corpus a favor da acusada sob o argumento de que ela sofre constrangimento ilegal por parte do magistrado da Vara do Júri da Comarca da Praia Grande, que decretou a prisão preventiva.

“Nada de concreto nos autos evidencia a necessidade da manutenção de sua prisão; contudo, o Juízo converteu a prisão temporária em preventiva, atendendo ao clamor público do caso e não à estrita prova dos autos”, alegou a defesa.

Por conta da repercussão do caso na imprensa, os advogados de Marcelly afirmaram que a acusada “está sofrendo pena antecipada” por crime que “sequer cometeu”. A defesa também chama de “trágico” o fato da vítima ser irmão da mulher e aponta uma “ausência de provas que suportem a acusação”.

Para o relator Geraldo Wohlers, a liminar, que é reservada a “casos de ilegalidade gritante”, não apresentou os requisitos necessários. Por isso, o pedido foi negado.

Leandro Weissmann, advogado de Marcelly, afirmou ao Metrópoles que, “a cada dia que passa, a prisão de Marcelly se mostra mais e mais ilegal e abusiva”.

“Nenhuma prova trouxe a polícia capaz de apontar um único ato de Marcelly na execução do crime, e o Ministério Público, de forma genérica e atendendo ao clamor público, a denunciou sem trazer qualquer prova contra ela, embasado em presunções vazias e infundadas”, disse.

Segundo ele, a negativa da liminar apenas corrobora a situação ilegal a que Marcelly vem sofrendo. “Porém, acredita-se que logo a justiça prevalecerá.”

Relembre o crime

Câmeras de monitoramento registraram os últimos momentos do comerciante Igor Peretto, de 27 anos, encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto.

Os vídeos mostram os três investigados pelo crime deixando o edifício. São eles: a esposa da vítima, Rafaela Costa; a irmã de Igor, Marcelly Peretto, dona do apartamento onde ocorreu o crime; e Mario Vitorino, amigo e cunhado de Igor.

Rafaela e Marcelly foram filmadas subindo de elevador até o apartamento da irmã de Igor. Rafaela deixou o local sozinha aproximadamente 10 minutos depois, antes da chegada da vítima e do amigo Mario.

Na sequência, os dois homens chegam de carro ao prédio. No apartamento, o trio teria discutido. Igor foi assassinado no local. Pouco depois, Mario e Marcelly deixaram o edifício juntos e saíram de carro.

Segundo depoimentos, Rafaela tinha um caso com Mario. Além disso, ela também teria tido um envolvimento amoroso com Marcelly no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.

O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, disse que, na noite do crime, ela saiu do imóvel antes da chegada do companheiro porque ficou com medo da reação dele, que havia descoberto a troca de mensagens entre ela e Mario.

Para o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Igor foi morto porque atrapalhava o triângulo amoroso. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mario, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles”, diz manifestação do MP de 29 de outubro.

Mario é suspeito de ter esfaqueado a vítima. Ele foi capturado em Torrinha, na região de Rio Claro (SP), em 15 de setembro, após passar mais de duas semanas foragido. Atualmente, o acusado está preso na Penitenciária “Dr. Geraldo de Andrade Vieira” – São Vicente I.

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