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Caso Gritzbach: suspeito confessou ajuda em fuga de olheiro, diz SSP

Segundo SSP, um suspeito preso teria recebido “missão” de tirar da cidade Kauê do Amaral Coelho, apontado pela polícia como olheiro do crime

atualizado

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Duas fotos em um mesmo quadro. Esquerda, pessoas andando em saguão de desembarque. Direita, homem vestido de preto, com boné da mesma cor, segurando celular - Metrópoles
1 de 1 Duas fotos em um mesmo quadro. Esquerda, pessoas andando em saguão de desembarque. Direita, homem vestido de preto, com boné da mesma cor, segurando celular - Metrópoles - Foto: Reprodução/Câmeras de Monitoramento

São Paulo Um dos homens presos neste sábado (7/12) por suspeita de envolvimento na execução do delator do PCC Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, confessou ter ajudado Kauê do Amaral Coelho a fugir para o Rio de Janeiro, segundo o secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, delegado Osvaldo Nico Gonçalves.

Em coletiva de imprensa na sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Nico afirmou que Matheus Brito disse ter recebido a “missão” de tirar Kauê da cidade. “Matheus não negou. Ele levou o Kauê para o Rio de Janeiro. Disse que ele teve a incumbência de tirar o Kauê da cidade e dar fuga. Por isso ele foi detido”, afirmou o delegado.

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Gritzbach foi solto em 7 de junho
Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC
Empresário foi preso em 2 de fevereiro deste ano em um resort de luxo na Bahia
Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ
Corpo de rival do PCC executado no aeroporto
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Gritzbach foi solto em 7 de junho

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Segundo MPSP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

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Corpo de rival do PCC executado no aeroporto

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Corpo de rival do PCC morto em desembarque de aeroporto

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Rival de PCC é morto em aeroporto

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Kauê é apontado pela polícia como o responsável por ter informado o passo a passo de Gritzbach dentro do aeroporto para seus executores. Ele foi identificado pelas câmeras de segurança do local e está foragido. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) oferece R$ 50 mil de recompensa para quem fornecer informações sobre o suspeito.

Sete celulares que estavam com Mateus também foram apreendidos pela Polícia, segundo o secretário.

Tio e irmão presos

Outros dois suspeitos de envolvimento no caso, o irmão de Matheus, Marcos Henrique, e seu tio, Allan Pereira, também foram detidos nessa sexta-feira (6/12). Segundo o boletim de ocorrência, policiais militares foram até a casa de Marcos após receberem uma denúncia anônima de que ele estava envolvido com a morte de Gritzbach e que guardaria munições e armas no imóvel.

No depoimento à Polícia Civil, os PMs que atenderam a ocorrência afirmam ter encontrado um veículo destrancado na frente da casa, onde estava uma sacola com munições. Os policiais também alegam que mais balas foram encontradas no baú de uma moto usada por Marcos. Os dois suspeitos foram levados para a delegacia, onde foram indiciados por “posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito”.

Ambos os indiciados negam relação com o material. Em depoimento, Allan disse que quando chegou à casa os policiais já estavam ali e perguntavam por Marcos. Ele, então, teria ligado para o sobrinho, que foi ao imóvel e também acabou detido.  Allan diz que não viu o momento em que os PMs encontraram a munição no carro e na moto. À Polícia, Marcos disse que só soube sobre a munição supostamente encontrada na moto quando já estava na delegacia.

Neste sábado, o advogado dos irmãos Marcos e Mateus, Eduardo Kuntz, acusou os policiais de plantarem as munições dentro do carro de Allan. “Tudo isso é uma grande armação que vai ser apurada”, afirmou. Segundo ele, uma câmera de segurança teria registrado um policial se aproximando do veículo com uma sacola. Veja a cena:

 

“As prisões são ilegais, não vieram acompanhadas de nenhuma ordem judicial. Infelizmente a Polícia Militar, com a Tropa de Choque, fez um trabalho horroroso”, disse o advogado. Eduardo afirma ainda que os dois irmãos conhecem Kauê “do bairro” e confirmou que estiveram recentemente no Rio de Janeiro, mas não ajudaram na fuga do olheiro.

O secretário Osvaldo Nico respondeu à acusação sobre as armas terem sido “plantadas” dizendo que “respeita a fala do advogado, mas acredita no policial”.

Allan Pereira e Marcos Henrique foram soltos após audiência de custódia. Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que a prisão em flagrante foi relaxada por “ilegalidade, com pedido neste sentido da representante do Ministério Público”.

Execução de Gritzbach no aeroporto

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo. O empresário foi morto com tiros de fuzil.  Câmeras de segurança registraram o momento em que os atiradores descem de um carro preto e executam o empresário. Veja:

 

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach foi jurado de morte pelo PCC porque teria mandado matar dois integrantes do grupo criminoso, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e criptomoedas.

O duplo homicídio ocorreu em 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido em parceria com o agente penitenciário David Moreira da Silva. Noé Alves Schaum, denunciado por ser o executor dos membros do PCC, foi assassinado em 16 de janeiro do ano passado. Além disso, Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o MPSP para delatar assuntos ligados à facção paulista.

O governo anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar o assassinato no aeroporto no dia 11 de novembro. O grupo conta com representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Científica. Entre eles, Osvaldo Nico Gonçalves, secretário Executivo da Segurança Pública; Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do DHPP; e Pedro Luís de Sousa Lopes, do Setor de Inteligência da Polícia Militar.

Policiais envolvidos

Além de integrantes do PCC, também estão na mira da força-tarefa policiais militares e civis. No momento da execução, um grupo de PMs era encarregado de fazer segurança privada de Gritzbach.

Três deles, no entanto, estavam em um posto de gasolina próximo ao aeroporto quando o ataque começou, supostamente por causa de problemas mecânicos em uma das caminhonetes usadas no transporte do grupo. Oito policiais militares foram afastados de suas funções por trabalharem com o empresário delator do PCC.

No caso dos policiais civis, as suspeitas giram em torno de agentes citados por Gritzbach em sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo. Na delação, o corretor acusou policiais civis que atuavam no DHPP de extorqui-lo para livrá-lo da investigação sobre a morte de Cara Preta. Em 31 de outubro, oito dias antes de ser morto, Gritzbach prestou depoimento à Corregedoria da Polícia Civil e reafirmou as acusações.

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