Caso Gabriely: após uma semana, polícia não tem pistas de enfermeira
Gabriely Sabino, de 23 anos, foi vista embarcando para São Paulo a partir da rodoviária de Piracicaba; família diz que ela estava endividada
atualizado
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São Paulo — Um semana após seu desaparecimento, a Polícia Civil ainda não tem pistas sobre o paradeiro da enfermeira Gabriely Sabino, de 23 anos, vista pela última vez deixando Piracicaba, onde vive, em direção à capital paulista. Angustiada, a família afirma que a polícia não tem compartilhado o andamento das investigações.
A única pista até agora, descoberta pelos pais de Gabriely após o desaparecimento, é que a filha teria acumulado dívidas que somam cerca de R$ 20 mil. Eles não sabem se essa situação está relacionada ao seu sumiço, mas acreditam que ela possa ter viajado para conseguir o dinheiro ou para fugir de uma possível extorsão por parte de agiotas.
O pai da enfermeira, Luiz Henrique Sabino, disse ao Metrópoles que não tinha conhecimento sobre a condição financeira de Gabrielly. “Ela não tinha vícios, ficava em casa, não tinha razão para gastar tanto dinheiro”, afirmou.
“Infelizmente, ela estava em depressão, tentando se consultar com um psiquiatra, e eu só soube disso agora”, contou Luiz. O pai teme que ela tenha deixado a cidade para encontrar alguém que tenha se proposto a ajudá-la a pagar as dívidas e tenha caído em uma emboscada.
Embarque para São Paulo
Gabriely foi vista pela última vez na tarde de sexta-feira passada (14/6). Imagens de câmeras de segurança flagraram a enfermeira parando seu carro, um Fiat Palio branco, perto da rodoviária de Piracicaba.
Ela deixa o veículo carregando algumas sacolas, compra a passagem para São Paulo e embarca. A polícia ainda não sabe se mais alguém viajou com Gabriely, além de estar em busca de imagens do Terminal do Tietê.
Motorista de aplicativo
Gabriely se formou em enfermagem em 2022, na Unip de Limeira. No entanto, ainda não havia conseguido emprego na área. Para se manter, ela trabalha como motorista de aplicativo e presta serviços em uma padaria de Piracicaba.
Segundo a família, a jovem trabalha diariamente, normalmente à noite, chegando em casa por volta de 1h30. O carro usado nas viagens é o mesmo que foi deixado por ela perto da rodoviária de Piracicaba.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o desaparecimento de Gabriely é investigado pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba.