Caso Dimas: sangramento em jovem morta foi causado por corte de 5 cm
Pai da jovem de 19 anos disse que médico informou sobre corte de 5 centímetros na região íntima; ela passou mal durante relação sexual
atualizado
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São Paulo — O sangramento na jovem de 19 anos que morreu após encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, do Corinthians, foi provocado por um corte de cerca de 5 centímetros em sua vagina. A informação foi dada por Rubens Chagas Matos, pai da vítima, em depoimento à Polícia Civil.
Livia Gabriele da Silva Matos morreu após ter quatro paradas cardíacas. Ela teria passado mal enquanto tinha uma relação sexual com o atleta corintiano na noite dessa terça-feira (30/1). O episódio aconteceu no apartamento do jogador, no Tatuapé, zona leste de São Paulo.
O pai de Livia relatou que foi chamado ao hospital por uma enfermeira do Samu. No hospital, o médico lhe informou que atendeu à paciente e tinha conseguido estabilizar o quadro dela após três paradas cardíacas — ela só morreria após a quarta parada.
O médico também teria afirmado, segundo o depoimento do pai, que tinha conseguido estancar um sangramento na vagina da filha, provocado por um “corte de aproximadamente 5 centímetros”.
Pouco tempo depois, o médico chamou novamente a família e comunicou a morte de Livia, após a quarta parada cardíaca. O pai afirmou ter questionado o profissional sobre o que poderia ter provocado o corte interno na filha, mas o médico não soube responder e informou que o corpo seria encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para exames.
Durante o período em que estava no hospital, Rubens conheceu Dimas e, na ocasião, o atleta contou o que havia acontecido no apartamento. O jogador confirmou ao pai da jovem a versão de que ela passou mal durante uma relação sexual.
O pai contou à polícia que Dimas não teria demonstrado preocupação com Livia, e os dois teriam, então, discutido. Uma viatura da PM foi acionada para intervir.
Em seu depoimento à polícia, o pai disse, ainda, que a jovem não usava drogas e não tinha o hábito de ingerir bebidas alcoólicas.
O que diz Dimas
Em seu depoimento à Polícia Civil, Dimas apresentou a mesma versão: ele disse que mantinha relações sexuais com a jovem no momento em que ela passou mal. Ele afirmou que percebeu que ela desmaiou e apresentava um sangramento.
Em seguida, o atleta disse ter ligado para o Samu e ter sido orientado a fazer massagens cardíacas até a chegada da equipe médica. Ele também afirmou ter acompanhado o resgate da jovem na ambulância.
Em conversa com o Metrópoles , o advogado de Dimas, Tiago Lenoir, disse que o jogador e Livia se conheceram pelo Instagram há alguns dias e tiveram o primeiro encontro na noite dessa terça-feira.
“Ele confirmou que eles tiveram relações sexuais consensuais e com uso de preservativo”, disse o advogado. Segundo Lenoir, os dois não beberam e nem usaram drogas. “No local havia apenas cigarros eletrônicos levados por ela.”
De acordo com o advogado, ao perceber que Livia tinha desfalecido, o atleta ligou para o Samu, seguiu as recomendações para fazer a massagem cardíaca e acompanhou a jovem ao hospital.
“Ele ficou absolutamente consternado com a morte da jovem”, disse Lenoir. Após ser ouvido pela polícia, Dimas foi liberado. A defesa diz que, no momento, aguarda o desenrolar das investigações sobre o caso.
Em nota ao Metrópoles, o Corinthians informou estar “ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base”. O clube acrescentou que “aguarda a investigação dos fatos e está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias”.