Casal de GCMs é achado morto em carro; polícia apura crime passional
Corpo de GCM feminina foi encontrado com pistola na mão direita e seu companheiro com arma guardada ainda no coldre em Mogi das Cruzes
atualizado
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São Paulo – Um casal de guardas civis de folga foi encontrado morto a tiros, na noite dessa quarta-feira (23/8), em Mogi das Cruzes, Grande São Paulo. A principal linha de investigação da Polícia Civil, no momento, é a de que a GCM Juliana Caroline dos Santos, de 33 anos, tenha matado o companheiro, o também GCM Everton Tomaz de Jesus, 39, e se suicidado em seguida.
Policiais militares foram acionados para irem até a Rua José Carlos Santos Alvarenga, por volta das 23h10. No local, encontraram o casal de guardas, que estava de folga, já morto. Ao lado dos corpos havia cápsulas deflagradas de pistola.
Ao se aproximar do corpo de Juliana, os PMs constataram que ela segurava uma pistola calibre 380 na mão direita, o mesmo tipo de munição das cápsulas encontradas no local. Preliminarmente, a Polícia Civil estima que ela tenha dado sete tiros com a arma, incluindo o que usou para tirar a própria vida, na boca.
A arma de Everton, uma pistola calibre ponto 40, estava guardava no coldre, com as 14 munições intactas.
O Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) da região foi acionado em seguida, da mesma forma que a Polícia Científica.
Após consultarem as funcionais encontradas nos corpos, foi confirmado que Juliana compunha o efetivo da Guarda Civil Metropolitana da capital paulista, na qual ingressou em janeiro deste ano. Everton fazia parte das Rondas com Motocicletas (Romu) da Guarda Civil Municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo, onde ingressou em 2011.
A Corregedoria da GCM da capital foi acionada, para acompanhar as investigações do caso. A Polícia Civil agora apura o que teria motivado o assassinato seguido de suicídio.
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Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida – problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.
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