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Às escuras após furto, Ponte Estaiada de SP também é alvo de pichação

Considerada um cartão postal de São Paulo, Ponte Estaiada está há mais de dez dias sem iluminação depois de furto e teve mastro pichado

atualizado

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Imagem colorida mostra Ponte Estaiada sem iluminação na noite de São Paulo. Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ponte Estaiada sem iluminação na noite de São Paulo. Metrópoles - Foto: Fábio Vieira / Metrópoles

São Paulo – Mais de dez dias depois do furto de luminárias e cabos de cobre da Ponte Estaiada, na zona sul de São Paulo, o cartão postal paulistano que conecta a Avenida Jornalista Roberto Marinho à Marginal Pinheiros continua às escuras.

Em meio ao breu na Ponte Octávio Frias de Oliveira, nome oficial da estrutura de 138 metros de altura — equivalente a um prédio de 48 andares — que cruza o Rio Pinheiros, o Metrópoles flagrou na noite dessa sexta-feira (4/8) que o mastro foi pichado, assim como ocorreu em 2016.

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Cartão postal da cidade, Ponte Estaiada fica conecta a Av. Jornalista Roberto Marinho à Marginal Pinheiros
Depois de furto de cabos e luminárias, Ponte Estaiada é pichada
Pichadores marcam parte superior da Ponte Estaiada em São Paulo
Ponte Estaiada é pichada depois de ter cabos e luminárias furtadas
Ponte Octávio Frias de Oliveira, mais conhecida como Ponte Estaiada, segue às escuras em São Paulo
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Ponte Estaiada, no Morumbi, em São Paulo, está há mais de 10 dias sem luz

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Cartão postal da cidade, Ponte Estaiada fica conecta a Av. Jornalista Roberto Marinho à Marginal Pinheiros

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Depois de furto de cabos e luminárias, Ponte Estaiada é pichada

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Pichadores marcam parte superior da Ponte Estaiada em São Paulo

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Ponte Estaiada é pichada depois de ter cabos e luminárias furtadas

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Ponte Octávio Frias de Oliveira, mais conhecida como Ponte Estaiada, segue às escuras em São Paulo

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Prefeitura de SP não informou previsão para reparo de iluminação na Ponte Estaiada

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No dia 24 de julho, uma segunda-feira, a Ponte Estaiada teve 120 metros de cabos de cobre e 70 luminárias furtadas. Criminosos invadiram a área em que os equipamentos ficavam localizados e romperam as grades de proteção para levar o material.

A Prefeitura de São Paulo diz que não há previsão para os reparos e afirma que os custos de manutenção estão previstos no contrato de concessão com a Ilumina SP, empresa responsável pela iluminação pública da cidade. Nem a prefeitura nem a concessionária informaram o valor do prejuízo.

Onda de furtos

O caso aconteceu em meio a uma onda de furtos de fios de cobre em São Paulo. Em abril deste ano, a Câmara Municipal da capital paulista abriu uma CPI para investigar o crescimento dos casos.

O cobre usado nos fios de iluminação pública, semáforos e cabos de energia é derretido pelos criminosos e revendido para receptadores.

Segundo dados da CPI, as regiões com maior registro de casos de furto são o centro de São Paulo e a zona sul, em especial, a Avenida Jornalista Roberto Marinho, que termina na Ponte Estaiada.

Em uma das reuniões da comissão, a distribuidora de energia elétrica Enel afirmou que os furtos de fios e cabos de cobre na Grande São Paulo tiveram um aumento superior a 1.000% entre 2018 a 2022.

De janeiro a abril deste ano, a empresa contabilizou 3.886 casos, número 53% maior do que o registrado em todo o ano de 2020.

O relator da CPI na Câmara, vereador Coronel Salles (PSD), afirma que é preciso combater a receptação do material para interromper a onda de crimes com cobre.

“O grande vilão nessa história, o pólo perverso, é o receptador. É quem lucra com o furto”, diz o parlamentar. Salles explica que o material é considerado valioso pelos criminosos porque há demanda dele no mercado.

O coronel defende que sejam implementadas novas legislações para endurecer as regras de fiscalização em ferros-velhos onde o material é vendido.

Problema antigo

Essa não é a primeira vez que a Ponte Estaiada tem os equipamentos furtados. Em 2012, a gestão do então prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou que substituiria os fios de cobre por fios bimetálicos, na tentativa de combater a ação dos ladrões.

Os cabos bimetálicos seriam menos interessantes para os criminosos, segundo a gestão, porque são feitos com dois materiais, o que dificulta a separação do cobre e a venda dele pelos ladrões.

O Metrópoles perguntou à gestão Ricardo Nunes (MDB) se os fios bimetálicos continuavam sendo utilizados na Ponte e quais medidas seriam implementadas para impedir novos furtos no local.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que, “por razões de segurança, a concessionária não detalha quais são as medidas que estão sendo adotadas”.

O caso da Ponte Estaiada é investigado pela 3ª Delegacia de Crimes Patrimoniais contra Órgãos e Serviços Públicos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A Secretaria da Segurança Pública não informou quantas pessoas teriam participado do furto na Estaiada e não divulgou detalhes sobre a investigação do caso.

A pasta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) diz que foi registrada uma queda de 4,2% nos furtos em geral na região da Ponte Estaiada, nos seis primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em nota, a secretaria diz ainda que 33 pessoas foram presas neste ano pela prática de furto de fios na cidade e afirma que mais de 16 mil quilos de fios foram apreendidos.

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