Cármen Lúcia nega soltura de estudante da USP presa em ato golpista
Defesa da estudante de medicina da USP presa por participação em ato golpista de 8 de janeiro ingressou com pedido de habeas corpus no STF
atualizado
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São Paulo – A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de habeas corpus protocolado pela defesa de Roberta Jérsyka Oliveira Brasil Soares, estudante de medicina da USP presa por participação no ato golpista de 8 de janeiro, que culminou na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.
A decisão da ministra foi publicada nesta terça-feira (14/2). Segundo Cármen Lúcia, conceder o pedido da defesa é “incabível” por contrariar uma decisão adotada pelo seu colega, o ministro Alexandre de Moraes. Foi Moraes quem determinou que a prisão em flagrante de Roberta Jérsyka fosse convertida em preventiva.
Em janeiro, o Metrópoles contou a história da estudante de 35 anos a partir do relato da mãe dela, viúva de militar que implorou para a filha não viajar de São Paulo a Brasília para participar do ato golpista.
A defesa da estudante, que cumpre pena na penitenciária feminina da Colmeia, argumentou no pedido protocolado no STF que Roberta orava no momento em que foi presa pela polícia e que não depredou nenhum patrimônio durante o ato.
A advogada de Roberta considerou a conversão da prisão para preventiva como irregular e criticou o fato de os julgamentos terem sido “em massa”, assim como a demora de quatro dias para que a estudante e outros presos passassem por uma audiência de custódia.
Mais de um mês após os atos golpistas, 942 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques continuam presas em Brasília. Nesta terça, a Polícia Federal (PF) prendeu mais cinco pessoas por participação nos atos golpistas.