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Carlinhos Maia defende dar “cacete” em agressores de garoto de 13 anos

Carlos Gomes morreu uma semana após ser agredido por colegas na escola em que estudava na Praia Grande, litoral de São Paulo

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Imagem de menino branco, com camiseta preta, fazendo gesto com a mão esquerda - Metrópoles
1 de 1 Imagem de menino branco, com camiseta preta, fazendo gesto com a mão esquerda - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O influenciador digital Carlinhos Maia, que possui mais de 30 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram, divulgou um vídeo em que defende “dar um cacete” nos adolescentes que agrediram o garoto Carlos Gomes, de 13 anos, que morreu após o episódio de violência. Carlos teve três paradas cardiorrespiratórias enquanto estava internado na Santa Casa de Santos e não resistiu.

As agressões na escola aconteceram em 9 de abril. Ele morreu uma semana depois, no último dia 16.

Para Carlinhos Maia, “se toda a escola viu”, seria necessário fazer “igual ou pior com os agressores.

“Até quando as pessoas vão ficar vendo as coisas e vão ficar tipo permitindo, deixando? É igual o caso da mulher que apanha em casa o tempo todo e todo o bairro sabe. Cara, se todo o bairro sabe, as pessoas têm que entrar lá e dar um cacete em quem está batendo na mulher, pior do que ele está fazendo. Mesma coisa com esses meninos. Se toda a escola viu, entrava lá e dava um cacete pior ou igual”, afirmou o influenciador em stories, que não estão mais no ar.

Maia ainda defendeu que as escolas publicas ofereçam aulas de defesa pessoal e artes marciais, como jiu-jitsu e judô.

“Quando eu tiver meus filhos, a primeira coisa em que eu vou colocar eles é no jiu-jitsu, para aprender a se defender, jiu-jitsu, judô, qualquer coisa. Nas escolas públicas, deveria ter artes marciais, oficinas de autodefesa. Porque é impressionante como, desde que mundo é mundo, isso acontece”, disse.

As declarações de Carlinhos Maia provocaram indignação entre os seguidores. A ativista trans Morena Flowers disse ter registrado um boletim de ocorrência contra ele. Para a mulher, a fala do influenciador instiga um sentimento de vingança que está presente em atentados a escolas.

“Nos últimos anos, testemunhamos vários ataques a escolas no Brasil. A maioria tinha algo em comum: o atirador havia sofrido bullyng e nutria um desejo de vingança. Quando conseguiu acesso a armas, entrou na escola e muitas pessoas morreram. Por isto, não dá para aceitar que uma pessoa com milhões de seguidores plante a ideia de vingança e justiçamento em nossa comunidade”, diz ela.

Morte de adolescente

Carlos Gomes estudava no 6° Ano da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, localizada no bairro Vila Mirim. De acordo com o boletim de ocorrência, a agressão teria acontecido dentro da unidade. Os dois alunos, que são da mesma turma de Carlos, teriam pulado sobre as costas do adolescente.

O menino foi levado pelo pai ao Pronto Socorro Central da cidade, onde foi medicado e liberado, no último dia 9. No entanto, conforme o registro, as dores continuaram. O pai, então, o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, onde Carlos foi internado.

Na última terça-feira, o adolescente foi encaminhado ao Hospital Santa Casa de Santos. Porém, Carlos não resistiu e morreu dentro da unidade de saúde, segundo o boletim.

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