Vídeo: cantor preso por “floresta de maconha” anuncia volta aos palcos
Gustavo Fildzz foi detido no dia 2 de agosto e colocado em liberdade em 3 de outubro; cantor é réu por tráfico de drogas
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O cantor Gustavo Fildzz, vocalista da banda Aliados, confirmou nesta sexta-feira (24/11) que ele, ao lado do grupo musical, voltará aos palcos. A banda fará um show no dia 22 de dezembro, no Beco Santos, que fica no Centro Histórico de Santos, no litoral de São Paulo.
Fildzz, cujo nome é Gustavo Tavares da Mata Barreto, foi preso no dia 2 de agosto acusado de plantar uma “floresta de maconha” para vender a droga nos seus shows e também fornecê-la a um traficante da Baixada Santista, no litoral paulista. O cantor alega inocência. Ele é réu por tráfico de drogas e responde ao processo em liberdade após ser solto pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) no dia 3 de outubro.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o artista usou diversos trechos de músicas da banda Aliados para agradecer a todos que estiveram ao lado dele no momento de dificuldade.
“Tempos de dificuldade eles trazem a reflexão e certamente nos fortalecem. Obrigado a todos os meus aliados, vocês são essenciais na minha vida. O medo do fim não faz mais efeito em mim… Podem tentar me atingir, podem me mandar pra onde for…. Meu escudo vai do céu até o chão”, disse Gustavo Fildzz.
Gustavo Fildzz também anunciou a volta do guitarrista Oliver Kivitz para a banda Aliados. O músico havia integrado a formação original do grupo.
Prisão do cantor
O cantor foi pego em flagrante pela Polícia Civil durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sua casa. Ele estava dormindo e foi acordado com a chegada dos policiais em seu quarto (veja abaixo).
Com ele, os policiais encontraram R$ 3,1 mil, em espécie, e apreenderam pés de maconha, cultivados em estufas, além ampolas de óleo extraído das plantas e de drogas já produzidas.
O MPSP afirma que Gustavo Fildzz produzia “maconha em larga escala” em três imóveis, localizados na Rua Vereador Henrique Soler, em Santos, e nas Ruas Primeiro Primeiro de Janeiro e Heitor Sanchez, ambos em Praia Grande. Também eram produzidas nos locais drogas derivadas, como skunk e haxixe.
Com base em relatos de testemunhas e em campanhas feitas na frente dos imóveis, investigadores afirmam que a maior parte dos entorpecentes era revendida para um “notório traficante” da região.
“[Gustavo Fildzz] produzia (…) maconha em larga escala com o fim de comercializá-la nos espetáculos de seu grupo musical, conhecido como ‘Aliados’, e, sobretudo, revendê-la a notório traficante, apelidado de Kabeça”, diz o MPSP à Justiça.
O advogado Eugênio Malavasi, que representa o cantor, alega que a prisão foi desnecessária.
“Os elementos probatórios colhidos dos autos demonstram a ausência de periculosidade do defendido, bem como a clarividente possibilidade de que os fatos retratados no auto de prisão em flagrante não se repitam”, afirma, no processo.
Ainda segundo a defesa, Gustavo Fildzz faria “uso terapêutico [de maconha] para aliviar sintomas de ansiedade e insônia, justificando a utilização de diversas doses fracionadas ao longo do dia”.