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Candidato de prefeito réu por elo com PCC tem R$ 350 mil em dinheiro

Acusado de integrar organização criminosa que lavou dinheiro do tráfico de drogas, Ney Santos tenta eleger braço-direito em Embu das Artes

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NEY SANTOS E HUGO PRADO EM CAMPANHA EM EMBU DAS ARTES - METROPOLES
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Acusado de acumular um patrimônio milionário fruto do tráfico de drogas e outros crimes para o Primeiro Comando da Capital (PCC), como roubo a banco, o prefeito de Embu das Artes, Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos (Republicanos), tenta eleger seu sucessor nas eleições de 2024.

Após dois mandatos, ele não pode mais concorrer ao cargo. Na reta final de sua gestão, tem saído às ruas e feito campanha para seu vice, Hugo Prado (Republicanos). Sua candidatura recebeu uma injeção de R$ 1,9 milhão do diretório nacional do Republicanos.

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Candidato de Ney Santos , Hugo Prado declarou R$ 350 mil em dinheiro vivo
Acusado de ajudar Ney Santos na lavagem de dinheiro, Piter Santos é candidato em Vargem Grande
Ney Santos e Jones Donizette em evento de campanha para Itapecerica da Serra
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Ney Santos tenta fazer seu sucessor, Hugo Prado, em Embu das Artes

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Candidato de Ney Santos , Hugo Prado declarou R$ 350 mil em dinheiro vivo

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Acusado de ajudar Ney Santos na lavagem de dinheiro, Piter Santos é candidato em Vargem Grande

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Ney Santos e Jones Donizette em evento de campanha para Itapecerica da Serra

Homem de confiança de Ney, Prado responde a ações de improbidade administrativa e chegou a ter seus bens bloqueados ainda neste ano. À Justiça Eleitoral declarou 70% de seu patrimônio em dinheiro vivo.

Entre seus bens declarados, estão cotas de R$ 150 mil em um empreendimento em Embu, R$ 2 mil em participações em uma cooperativa de crédito e R$ 350 mil em dinheiro em espécie.

Esta não é a primeira vez que ele declara uma grande quantia em dinheiro. Em 2020, declarou R$ 117 mil e, em 2016, quando eleito vereador, todo o seu patrimônio era composto por R$ 65 mil em dinheiro vivo, segundo ele, ao TSE.

Declarar quantias em espécie não é um crime ou mesmo uma irregularidade.

No entanto, movimentações de dinheiro vivo nessa monta podem chamar atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo responsável por reunir alertas sobre lavagem de dinheiro e entregá-los a investigadores.

Aliado de um prefeito acusado de ter elo com o PCC, Prado não responde a processos sobre tráfico, mas é alvo de ações de improbidade administrativa.

Chegou a ter seus bens bloqueados em uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em abril de 2024. O valor do confisco chegou aos R$ 257 mil.

Na condição de presidente da Câmara Municipal da cidade, Hugo Prado foi acusado de autorizar o andamento e a confirmação do resultado de uma licitação fraudulenta da casa para a contratação de uma empresa de locação de veículos.

Na ação, o MPSP detalha que participaram da licitação empresas pertencentes a uma mesma família que já prestava o serviço à Câmara Municipal desde 2015.

“A empresa Criativa Terceirização sagrou-se vencedora com a proposta final R$ 394.500,00, sendo o procedimento licitatório homologado pelo réu Hugo Prado Santos, apesar dos vícios e da clara frustação à competitividade do certame”, afirma o MPSP.

Prado tem explorado ao máximo, em sua campanha, a imagem de continuidade do mandato de Ney Santos. Até imagens de divulgação de sua campanha tem o atual prefeito de Embu das Artes ao lado – quase como se fosse um candidato, também.

Eles também têm saído às ruas em carros de som e caminhadas pela cidade.

Ney tem um longo histórico de investigações sobre seu envolvimento com o PCC. Em 2016, foi alvo de uma longa denúncia, ainda não julgada, protocolada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado do MPSP.

Na peça, foi denunciado por um grande esquema de lavagem de dinheiro na aquisição de seu patrimônio, que incluía até mesmo carros de luxo. Postos de gasolina e imóveis estariam em nome de testas de ferro.

Esse dinheiro tinha como origem, segundo o MPSP, crimes que Ney Santos cometeu ao longo da vida, como tráfico de drogas e um roubo a banco pelo qual foi preso em 2003, em flagrante. Ele foi condenado em primeiro grau e absolvido após recurso.

Procuradas, as defesas de Hugo Prado e Ney Santos não se manifestaram. O espaço segue aberto.

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