Campinas registra o 1º enterro de pet em jazigo de cemitério municipal
Sepultamento do pet Pingo, de 7 anos, foi o primeiro realizado na cidade; lei está em vigor desde abril e permite o enterro de animais
atualizado
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São Paulo — Foi realizado em Campinas, interior de São Paulo, nesta quinta-feira (18/4), o primeiro enterro de um animal de estimação em um cemitério municipal. O cachorro Pingo, de 7 anos, foi sepultado pela Setec (Serviços Técnicos Gerais), companhia responsável pelo solo público da cidade, no túmulo da família. O pet era um cruzamento da raça Rottweiler com Labrador, de cor de avelã e era cuidado pela tutora Maria Helena Batista Rodrigues.
A ação abrirá precedente para que qualquer família que tenha um jazigo em qualquer cemitério público de Campinas possa enterrar seu pet. A lei nº 16.522 entrou em vigor no dia 8 de abril na cidade e passou a permitir tal iniciativa.
Segundo levantamento feito pela Setec, a medida foi bem aceita pelas famílias na região pois atende àqueles que têm o animal de estimação como membros da família e pode ser inovadora por auxiliar uma questão ambiental, uma vez que prevê a destinação adequada dos corpos dos pets: “É mais uma iniciativa que se insere no contexto da proteção e da dignidade aos animais em Campinas ao lado do Samu Animal, do Banco de Ração e da castração gratuita”, afirmou o presidente da companhia, Enrique Lerena.
Para sepultar o animal, as famílias interessadas precisarão pagar cerca de R$ 233,29, valor esse que incluirá animais de todos os tamanhos até os 120 quilos (tamanho máximo). Caso o enterro seja feito somente com as cinzas, o custo cairá para R$ 116,64. De acordo com o governo municipal, os valores são inferiores aos praticados por cemitérios particulares de animais.
Para esclarecer as dúvidas dos interessados, a Setec divulgou uma cartilha:
- Animais que poderão ser sepultados: Todos os animais de estimação que não ultrapassem os 120 quilos;
- Local de sepultamento: somente no jazigo que a família tem, o que virá a ter;
- Documentos necessários: declaração de óbito assinada por um médico veterinário, na qual deverá ter o motivo que levou o animal à morte, e guia de Autorização para a liberação e sepultamento de Animais Domésticos (Galisad), documento que será assinado pela setec com informações fornecidas pelo tutor do animal
- Velório dos animais: a princípio, não serão realizados cerimônias para velar o corpo do pet
- Utilização do jazigo: a regra aplicada para os humanos também será aplicada para os pets, caso uma gaveta seja usada, a mesma só pode ser utilizada de novo após três anos em que o último enterro ocorreu. Cada jazigo tem três gavetas, todas a disposição para o sepultamento do pet;
- Despedida/visita com outros pets: Será possível levar outros animais para se despedir e visitar o túmulo do pet ali enterrado, desde que seja na presença de um guia e com o uso de coleira.
- Não será necessário uma preparação própria: os veterinários já levarão os corpos preparados em um envelope próprio para essa finalidade.