Campeão de jiu-jítsu, PM da Rota morto no Guarujá deixa filho de 3 anos
Morte do PM da Rota no Guarujá causou comoção entre policiais; “Nada vai trazer de volta um pai para aquele filho pequeno”, disse Tarcísio
atualizado
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São Paulo – O policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, morto quando fazia patrulhamento no Guarujá, na semana passada, era casado e deixou um filho de 3 anos. Faixa azul em jiu-jítsu, o soldado era o atual campeão do circuito paulista em sua categoria. Um dia antes de ser assassinado, tinha recebido o terceiro grau da faixa azul.
O assassinato do soldado, que estava na corporação desde 2017, gerou comoção entre policiais militares, que prestaram homenagens em São Paulo e até no Distrito Federal (assista abaixo).
Em outro vídeo, compartilhado em grupos de policiais, um PM defende a humanização dos agentes, encarados, segundo ele, como “robôs” por algumas pessoas. “Morre hoje um filho, um esposo, morre hoje um pai, e com ele toda a sua família” (assista abaixo).
A morte do PM Reis foi confirmada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. No mesmo dia, a Polícia Militar iniciou a Operação Escudo para capturar os suspeitos de atirar contra os militares. Além do soldado, um cabo da Rota que ocupava a mesma viatura foi ferido a tiros, sem gravidade.
Os policiais foram surpreendidos por tiros disparados por criminosos que estavam na favela Vila Zilda. O disparo que matou soldado Reis é atribuído a Erickson David da Silva, de 28 anos. Ele foi preso na noite desse domingo (30/07).
Quem é o “sniper do tráfico” suspeito de matar PM da Rota no Guarujá
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (31/7), oito mortes em operação da Polícia Militar no Guarujá, após o assassinato do soldado da Rota, e negou que tenha havido excessos. Ele também afirmou que 10 pessoas foram presas. A Ouvidoria das Polícias de São Paulo fala em 10 mortes.
“Estou extremamente triste com o que aconteceu porque nada vai trazer um pai de família de volta. Nada vai trazer de volta um pai para aquele filho pequeno que não vai ter mais o convívio com ele dentro de casa. Nada vai trazer o marido de volta”, afirmou o governador.
O Metrópoles mostrou que diante de uma onda de crimes que espalhou a sensação de insegurança pelo Guarujá, moradores temiam uma nova escalada de violência após o assassinato do policial da Rota.
A morte do PM
O soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o projétil de 9 mm que atingiu o soldado da Rota foi disparado por 50 e até 70 metros de distância.