Campanha de Nunes teme uso de cadeirada e vitimização de Marçal

São Paulo — Assessores da campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB) estão preocupados em como o influenciador Pablo Marçal (PRTB) irá explorar a cadeirada dada contra ele por José Luiz Datena (PSDB) durante o debate na TV Cultura nesse domingo (15/9).

Após o fim do debate, integrantes da campanha de Nunes falaram com a imprensa e disseram temer que Marçal explore o ocorrido ao máximo para “se vitimizar” e “crescer em cima disso”. Eles antecederam que Marçal iria comparar a agressão de Datena com os atentados sofridos por Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump – o que já foi feito pelo candidato em suas redes sociais.

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Durante fala, Pablo Marçal provocou Datena e o chama de covarde: “Você é um arregão. Atravessou o debate esses dias para me dar um tapa e falou que queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso”, disse o influenciador

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Percebendo que o candidato do PSDB se direcionava a ele com uma cadeira, Marçal continua a provocação: "Vai"

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Datena arremessou o objeto em Marçal no início do quarto bloco. Os dois discutiam após Marçal ter relembrado uma acusação de assédio sexual contra o apresentador

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O apresentador José Luiz Datena (PSDB) agrediu com uma cadeira o influenciador Pablo Marçal (PRTB)

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Mediador do debate da TV Cultura, Leão Serva precisou chamar o intervalo após a agressão

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Na sequência, Marçal discute em pé com Datena, que ameaça jogar outra cadeira contra ele. Ricardo Nunes (MDB) e outros homens seguram a cadeira e impedem de nova agressão

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O vídeo também mostra os dois trocando ofensas, enquanto seguranças e assessores se movimentam no palco para afastá-los. É possível ouvir o apresentador do debate, Leão Serva, gritando “chega!”

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Datena chama Marçal de “vagabundo” e diz que sua sogra morreu “depois dessa mentira”

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Marçal chama Datena de “ditador” e continua discutindo com ele

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Essa estratégia teria como objetivo o uso da situação ao máximo para chegar ao 2º turno das eleições municipais. Na pesquisa eleitoral Datafolha divulgada antes do debate, Marçal havia se afastado da liderança das intenções de voto na cidade.

A preocupação foi compartilhada pela campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que chegou comparar a agressão com o caso da bolinha de papel que atingiu José Serra nas eleições de 2013.

À imprensa, as campanhas dos dois candidatos mencionaram que a TV Cultura deveria ter gravado a cena após a agressão, quando Marçal se manteve de pé no palco e chamou Datena de “ditador”.

A rede de televisão interrompeu a exibição ao vivo logo após Marçal ter sido atingido, mas um vídeo que circula nas redes sociais mostra esse momento. Para os assessores de Boulos e Nunes, a permanência seria uma prova de que a agressão não teria a gravidade que o influenciador demonstrou em suas redes sociais.

Marçal chegou a se posicionar para retornar ao debate, mas saiu do palco após ter conversado com sua equipe. Nesse momento ele começou a se queixar de dor e uma ambulância foi chamada – todo o seu trajeto para o Hospital Sírio-Libanês foi gravado e publicado nas redes sociais do candidato.

Na manhã desta segunda-feira (16/9), o estado de saúde de Marçal ainda não havia sido confirmado. Ele passou a madrugada no hospital, e reclamou de dores, dificuldade para respiras e uma possível fratura no tórax.