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Câmara de SP entrega intimação à defesa de vereador acusado de racismo

Vereador Camilo Cristófaro é alvo de processo de cassação de mandato na Câmara de SP por fala de cunho racista; julgamento será na 3ª feira

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Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo
Foto colorida do vereador Camilo Cristófaro discusando de terno e gravata na Câmara Municipal - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do vereador Camilo Cristófaro discusando de terno e gravata na Câmara Municipal - Metrópoles - Foto: Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo

São Paulo — A Câmara Municipal de São Paulo entregou nesta quinta-feira (14/9) intimação à defesa do vereador Camilo Cristófaro (Avante), que é alvo de processo de cassação por fala de cunho racista. Anteriormente, a Casa já havia tentado intimar o investigado de diversas formas, sem sucesso.

A Câmara tentou intimar Camilo por publicações em Diário Oficial e em jornais de grande circulação. Também o procurou pessoalmente, em seu gabinete, em sete ocasiões diferentes.

“Todos os meios utilizados pela Câmara para intimar Camilo eliminam qualquer dúvida jurídica ou eventual alegação de desconhecimento por parte do vereador sobre a sessão de julgamento marcada para a próxima terça-feira, dia 19, quando o plenário vai definir o futuro de Cristófaro”, afirma a Câmara, em nota.

O julgamento de Camilo está marcado para a próxima terça-feira (19/9), às 15h30. São necessários 37 votos dos 55 vereadores para a cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar.

Histórico

Em uma sessão virtual da CPI dos Aplicativos em maio de 2022, vazou ao fundo o áudio de Camilo dizendo a seguinte frase: “Eles lavaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”.

Na ocasião, o vereador afirmou que, ao dizer “coisa de preto”, estava se referindo a um Fusca preto que pertence à sua coleção de carros antigos. Em seguida, mudou a versão e contou que, no momento do áudio vazado, estava conversando com um amigo negro e fez uma brincadeira.

O vereador foi alvo de quatro pedidos de cassação por quebra de decoro parlamentar e, no mesmo mês, o relatório da vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSol) pela admissibilidade do processo contra ele foi aprovado por 51 vereadores, dando início ao procedimento de cassação na Corregedoria.

No ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubou liminar que impedia o prosseguimento do processo de cassação.

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