Câmara de SP discute reduzir valor em vez de “tarifa zero” nos ônibus
Vereadores avaliam proposta para deixar valor da tarifa mais barato caso não seja possível implementar a tarifa zero de Ricardo Nunes
atualizado
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São Paulo – Os vereadores da subcomissão da Câmara Municipal da capital que discute a proposta do prefeito Ricardo Nunes (MDB) de tarifa zero nos ônibus já avaliam uma proposta alternativa, que prevê tarifas mais baratas para o transporte coletivo da cidade, no lugar do ônibus grátis planejado pelo prefeito.
Os custos iniciais da proposta, lançada por Nunes no ano passado, seriam de cerca de R$ 10 bilhões por ano. Nunes sofre pressão de seu principal aliado, o presidente da Câmara, Milton Leite (União), que é ligado a empresas de transporte da zona sul, para implementar a medida.
O presidente da subcomissão, Paulo Frange (PTB), afirma que a proposta de tarifa zero continua na mesa, mas que a alternativa passou a ser avaliada para caso os estudos sobre o tema apontem para a inviabilidade do transporte custeado apenas pelo poder público.
“Trabalhamos com três saídas aqui: manter as coisas como estão, fazer a tarifa zero ou achar formas de reduzir a tarifa”, diz o vereador, que faz parte da base de apoio de Nunes.
Empresas bancariam redução
A redução da tarifa, segundo Frange, seria financiada a partir de uma das fontes de recursos apontadas pelo prefeito para bancar a tarifa zero: os valores do vale-transporte pago pelas empresas a seus funcionários.
A ideia é que as empresas passem a repassar o valor do vale-transporte direito à Prefeitura. O dinheiro seria acrescido aos recursos do tesouro que já usados para subsidiar a operação dos ônibus.
Frange defende que a ideia se transforme em uma legislação federal, a ser negociada com Brasília, para facilitar o acesso aos recursos do vale-transporte por parte das Prefeituras.
O vereador acrescentou que os estudos sobre a possibilidade de mudanças nas tarifas – e mesmo a criação da tarifa zero – ainda estão em andamento.