Cama revirada e celular ao lado do corpo: como ex-modelo foi encontrada morta
Ex-modelo estava nua e com um travesseiro sobre o rosto; investigações da Polícia Civil indicam que ninguém entrou no apartamento da jovem
atualizado
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São Paulo – As circunstâncias em que o corpo da ex-modelo Dalliene de Cássia Brito Pereira foi encontrado, no dia 1º de julho, na zona sul paulistana, levantaram suspeitas na polícia de que ela poderia ter sido vítima de violência sexual e, em seguida, assassinada.
Antes de ser encontrada já sem vida sobre sua cama, nua, com um travesseiro sobre o rosto, vizinhos afirmaram ter ouvido a jovem de 21 anos pedir ajuda, com a voz “abafada”. Eles também relataram que a cama rangeu por cerca de 20 minutos.
A análise da cena da morte, no entanto, fez com que a polícia descartasse, por ora, a suspeita de estupro dentro do apartamento. Até o momento, as investigações indicam que ninguém entrou no local, como revelado pelo Metrópoles.
O Metrópoles teve acesso a imagens inéditas do momento em que a perícia da Polícia Civil esteve no apartamento (veja abaixo) e que têm ajudado a polícia a direcionar as investigações. Para preservar a vítima, a reportagem optou por não divulgar o registro das cenas mais fortes.
As fotos às quais a reportagem teve acesso mostram que a jovem usava um roupão vinho escuro, que estava aberto, deixando seu corpo à mostra. Dois curativos também podem ser vistos na parte de baixo dos seios, por causa de uma cirurgia recente.
Após retirarem o travesseiro azul marinho que estava sobre a cabeça dela, é possível ver sua face coberta por cabelo, quase “grudados” à pele. Há a suspeita de que ela possa ter vomitado, provocando a aderência dos fios ao rosto. Ao lado do corpo, estava o celular de Dalliene.
No dia de sua morte, imagens de câmeras de monitoramento mostram Dalliene enviando mensagens sem parar pelo celular, tanto no momento em que chega ao prédio, na noite do dia 30 de junho, como quando vai até um posto de combustíveis para comprar cigarros (assista abaixo).
Horas depois, na madrugada do dia 1º (sábado) ela seria encontrada morta, após a amiga de infância Brunna Ysabelle Gondim Faria, 22, autorizar o arrombamento do apartamento.
Registros feitos pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) afirmam que havia hematomas “ainda discretos” em ambos os punhos da jovem. Nenhuma outra lesão foi identificada nessa primeira avaliação.
O apartamento de Dalliene estava desarrumado, mas isso, ainda de acordo com as investigações, não resultou de uma eventual briga. No local foram encontradas porções de maconha, cocaína e anfetamina. Brunna afirmou, em depoimento à polícia, que ambas faziam uso esporádico das drogas.
Linhas de investigação
Fontes que acompanham a investigação afirmaram ao Metrópoles que, após a análise dos circuitos de câmeras do prédio, está descartada a suspeita de que alguém tenha entrado no apartamento. Pelo fato de o imóvel estar no 9º andar, a possibilidade de que tenham entrado pela janela é remotíssima.
Isso, porém, não afasta a tese de que Dalliene tenha sido assassinada. Ela pode ter sido vítima de envenenamento, segundo uma das linhas de investigação. Para que isso seja corroborado, o DHPP aguarda o resultado de laudos, toxicológico e sexológico, para confirmar a causa da morte da ex-modelo.
Além da suspeita de envenenamento, o departamento policial considera que a vítima pode ter morrido por overdose de drogas ou, ainda, por alguma complicação pós-operatória, como já mostrado pelo Metrópoles. Recentemente a ex-modelo havia feito uma cirurgia de implante mamário.