Calor: SP tem 5 mortes e atendimentos em hospitais dobram em 2023
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, número de atendimentos por exposição ao calor subiu 102% neste ano
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O estado de São Paulo registrou cinco mortes neste ano relacionadas ao calor. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, o número de atendimentos ambulatoriais e internações por causa das altas temperaturas também já é o dobro do registrado em 2022.
Dados da pasta mostram que foram realizados 312 atendimentos por efeitos do calor nas unidades de saúde paulistas nos sete primeiros meses de 2023, alta de 102% em comparação com igual período do ano passado.
Vários sintomas podem representar sinais de desidratação e excesso de temperatura corporal. Entre eles, estão sonolência, letargia, fraqueza, náusea, vômito, convulsões e dor de cabeça persistente a analgésicos. Crianças pequenas também podem apresentar uma leve depressão na região da moleira.
Os grupos mais vulneráveis são crianças com menos de quatro anos e idosos acima de 60 anos. Qualquer pessoa, no entanto, deve procurar assistência médica imediata ao apresentar os sinais.
Cuidados
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o inverno deste ano em São Paulo entra para a história como o mais quente de todos os tempos. A média das temperaturas máximas foi de 29,5°C – normalmente, essa média é de 23,6°C, considerando a série histórica. No ano passado, a média das máximas foi de 24,7° C.
A Secretaria da Saúde afirma que a população deve tomar “cuidados redobrados” em períodos de alta temperatura.
“Os principais cuidados são tomar líquidos, principalmente água, no mínimo um litro e meio a dois litros, que devem ser ingeridos ao longo do dia e não de uma vez só”, afirma a médica geriatra Erica Boteom.
Outras medidas são: manter ambientes arejados e frescos, usar roupas leves e realizar exercícios físicos ou passeios antes das 10h ou depois das 16h.