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Cães menores são mais agressivos e meio social influencia, diz estudo

Pesquisa do Instituto de Psicologia da USP indicou que cães menores podem ser mais agressivos e o meio social pode influenciar comportamento

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Cães menores são mais agressivos aponta estudo
1 de 1 Cães menores são mais agressivos aponta estudo - Foto: Collins Lesulie/ Unsplash

São Paulo – Um estudo do Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP) apontou que cães menores são mais agressivos e que o contexto social do animal também influencia a agressividade.

O artigo “Relações entre fatores morfológicos, ambientais, sociais e perfis de agressividade em cães brasileiros de estimação” indicou ainda que cachorros que brincavam e passeavam com os tutores tinham uma propensão mais baixa a reações violentas.

Flavio Ayrosa, pesquisador do Departamento de Psicologia Experimental do IP e autor principal da pesquisa, relatou que cães menores e mais novos são mais energéticos e responsivos devido ao metabolismo.

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O levantamento reuniu informações sobre 665 cães
Os tutores responderam questionários online que abordavam aspectos gerais, como idade e características do cachorro, interação entre o animal e o tutor, e agressividade
A identificação é importante para conseguir localizar o animal
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Cachorros que brincavam e passeavam com os tutores tinham uma propensão mais baixa a reações violentas

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O levantamento reuniu informações sobre 665 cães

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Os tutores responderam questionários online que abordavam aspectos gerais, como idade e características do cachorro, interação entre o animal e o tutor, e agressividade

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A identificação é importante para conseguir localizar o animal

Pinterest/Reprodução

Escala de agressividade

O levantamento reuniu informações sobre 665 cães. Os tutores responderam questionários online que abordavam aspectos gerais, como idade e características do cachorro, interação entre o animal e o tutor, e agressividade.

A ausência de agressão era representada pela nota zero. A escala aumentava até cinco e incluía ações como rosnar, latir, abocanhar o ar até tentar morder ou morder uma pessoa. O levantamento mensurava ainda a reação do pet ao ser corrigido verbalmente pelo tutor ou por um morador da casa.

“O estudo é um tijolinho compondo a construção de um pensamento científico que defende que o comportamento do cão, e também de qualquer outro organismo, emerge da interação entre o indivíduo e o ambiente social e físico: não está programado, embora esteja restrito justamente por estes aspectos físicos e sociais”, disse Briseida Dogo de Resende, professora do IP e autora do artigo.

Método

Inicialmente, a proposta dos pesquisadores era que os questionários fossem respondidos presencialmente também. No entanto, a pandemia de Covid-19 frustrou esse plano.

A participação apenas virtual na pesquisa aumentou a chance de a subjetividades dos tutores impactar os resultados. Porém, Flavio afirmou que testes presenciais em laboratórios também poderiam acarretar estresse e, assim, influenciar a avaliação.

“Com o nosso questionário, nós quisemos deixar a situação mais naturalista possível, então, a pessoa vai responder sobre o seu cachorro no dia a dia”, explicou o autor principal.

Cachorros de focinho achatado

O artigo mensurou que cachorros de focinho achatado ou braquicefálicos, de raças como Pug, Shih Tzu e Buldogue francês, apresentavam maior agressividade.

Essa constatação vai contra outros resultados da literatura científica. O estudo considerou que por serem pequenos incomodam menos ao latir e rosnar. Assim, frequentemente, são menos corrigidos ou treinados para não agirem assim.

“No nosso caso, a gente discute como um cão braquicefálico é um cachorro da moda no contexto urbano brasileiro”, destacou Flavio Ayrosa.

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