Cadeia dos famosos: Brennand deixa isolamento e vive com outros presos
Condenado a mais de 20 anos de prisão, empresário Thiago Brennand está recluso em Tremembé, unidade conhecida como “Cadeia dos Famosos”
atualizado
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São Paulo – O empresário Thiago Brennand, que é condenado por estupros, deixou o isolamento em Tremembé, no interior paulista, e passou a conviver com outros presos da chamada “cadeia dos famosos”.
Brennand deu entrada na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, na manhã de 26 de junho. O complexo penitenciário é conhecido por receber presos envolvidos em casos de repercussão e abriga detentos como o ex-jogador Robinho e o motorista do Porsche Fernando Sastre Filho.
Inicialmente, o empresário ficou isolado dos outros presos, um procedimento padrão do sistema penitenciário paulista. A cela tinha cerca de 8 metros quadrados.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Brennand encerrou o regime de observação na sexta-feira (5/7) e está “em cela do pavilhão habitacional, em convívio com os demais presos da unidade”.
O empresário acumula três condenações por violência contra a mulher e tem sentenças que, somadas, ultrapassam 20 anos de prisão. Antes de Tremembé, estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, unidade destinada a autores de crimes sexuais.
Condenações de Thiago Brennand
Ao todo, o empresário é alvo de nove processos criminais, dos quais três já tiveram sentença e dois foram encerrados após acordo. Ele foi denunciado por crimes sexuais, lesão corporal, cárcere privado e corrupção de menor.
Na primeira condenação, Brennand foi considerado culpado por estuprar uma norte-americana, em julho de 2021, e pegou 10 anos e seis meses de cadeia, em regime fechado.
A vítima diz ter sido forçada pelo empresário a praticar sexo anal na casa dele, em Porto Feliz, onde ele tem uma mansão. Também afirma que, durante o relacionamento, foi xingada e ameaçada.
Depois, Brennand pegou mais um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por agredir a modelo Helena Gomes em uma academia de luxo, no Shopping Iguatemi, na zona oeste da capital paulista.
Em janeiro de 2024, o empresário foi considerado culpado, mais uma vez, por estuprar uma massagista brasileira. À Justiça, a vítima relatou ter sido coagida a fazer sexo sem camisinha e depois foi perseguida pelo criminoso.