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CACs treinaram PCC para ataques do Novo Cangaço, aponta investigação

Investigação do MPSP e da PF indica que colecionadores forneciam armamento pesado e ministravam treino tático a integrantes da facção

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Elaine Garcia, que seria integrante do PCC, aprende a usar um fuzil com um CAC - Metrópoles
1 de 1 Elaine Garcia, que seria integrante do PCC, aprende a usar um fuzil com um CAC - Metrópoles - Foto: Reprodução/GloboNews

São Paulo — Investigações do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Federal indicam que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) podem ter recebido treinamento de tiro diretamente de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).

O treino tático dos CACs inclui orientação sobre o manuseio de armas com alto poder de destruição. A habilidade, segundo as investigações, credenciaria os criminosos a realizar os ataques conhecidos como Novo Cangaço ou domínio de cidades.

A nova frente de investigação, divulgada pela GloboNews, identificou ainda que muitos colecionadores têm atuado como fornecedores de armas para o crime organizado. As suspeitas se baseiam em operações realizadas em São Paulo e na Bahia.

Vídeo com treinamento

Um vídeo divulgado pela emissora mostra um CAC identificado como Otávio Magalhães dando treinamento de tiro a dois membros do PCC: Elaine Garcia (foto em destaque) e seu companheiro, Delvane Lacerda, Pantera. Nas imagens, ele ensina o casal a utilizar um fuzil.

Segundo o MPSP e a PF, Otávio responde por porte irregular de arma de uso restrito. Sua função seria a compra e venda de armamento e munição para a facção criminosa. A lei permite que CACs comprem o material bélico, mas a revenda é proibida.

Na casa de Otávio, foi encontrado, de acordo com os investigadores, um “verdadeiro arsenal bélico”, incluindo armamento pesado com e sem registro e até explosivos — material bastante utilizado na modalidade “Novo Cangaço”.

Durante operação na terça-feira (10/9), foram presos os integrante do PCC Jakson Oliveira Santos, o Dako; Elaine Souza Garcia — que fez o treinamento com fuzil e também seria responsável pela coordenação do tráfico de drogas e a execução de rivais —; e Diogo Ernesto Nascimento Santos, que atuava no núcleo financeiro da facção e também na prática de execuções.

O Metrópoles busca a defesa dos acusados. O espaço está aberto a manifestações.

No total, 18 pessoas foram denunciadas pelo MPSP desde o inpicio do ano. Quatro CACs foram presos acusados do fornecimento de armas à facção.

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