CAC finge ser policial para extorquir dinheiro de vítimas; veja vídeo
CAC foi preso suspeito de usar distintivo alusivo à Polícia Civil para intimidar e extorquir dinheiro de vítimas no interior de São Paulo
atualizado
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São Paulo – Um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) foi preso sob a suspeita de se passar por policial civil para extorquir dinheiro de vítimas, na região de Pirapora do Bom Jesus, interior de São Paulo.
Jonas Mendes dos Santos, de 36 anos, foi detido (assista abaixo) em cumprimento a um mandado de prisão preventiva, na região central da cidade, na segunda-feira (26/6). Sua defesa não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Na ocasião, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito. No local, foram encontradas munições e uma pistola, calibre 45, que ele usaria para ameaçar às vítimas, segundo investigações da Polícia Civil do interior paulista.
“Ele usa arma de fogo ostensivamente e também um distintivo alusivo à Polícia Civil, vai à casa das vítimas, se identifica como policial e as intimida”, afirmou ao Metrópoles, nesta quarta (28), a delegada Bruna Caroline Biruel Caracho.
Segundo a policial, o CAC dizia às vítimas existirem procedimentos contra elas na delegacia da cidade do interior, onde supostamente eram investigadas. “Ele pedia dinheiro em troca de destruir as provas dos [supostos] crimes, que poderiam fazer as vítimas serem investigadas e indiciadas.”
A delegada acrescentou existirem “vários boletins de ocorrência” de estelionato e usurpação de função pública contra Jonas, que também é investigado por violência doméstica contra uma guarda civil municipal da Praia Grande, litoral paulista.
Vítima procura delegacia
Ao saber sobre a prisão do falso policial, a vendedora de uma loja de automóveis foi até a delegacia de Pirapora do Bom Jesus relatar sobre uma tentativa de extorsão, ocorrida na manhã de 29 de agosto do ano passado.
Câmeras de monitoramento flagraram Jonas chegando em frente à loja e conversando com a mulher.
À polícia, ela afirmou ter visto ele com uma arma de fogo entre as pernas, pouco antes de desembarcar do carro. O CAC também ostentava um distintivo alusivo à Polícia Civil.
“Ele se apresentou dizendo ser policial civil e queria falar com os responsáveis pela empresa”, diz trecho do depoimento da vendedora.
Ao saber que os proprietários estavam ausentes, Jonas teria insistido para que a vendedora indicasse a localização deles.
Nesse momento, ele percebeu existir câmeras de monitoramento no local, cobriu o distintivo que ostentava no peito, embarcou no carro e foi embora.
A polícia apreendeu na casa de Jonas dois celulares, um carregador de pistola, 35 munições, a pistola calibre 45, além de duas carteiras de clubes de tiro vencidas.
Ele permanece preso na Cadeia Pública de Carapicuíba, também no interior paulista.