Conheça Cabo Caramelo, o cão que fareja sangue em crimes de homicídios
“Adotado” pela diretora do DHPP, o cão Cabo Caramelo resolve crimes complexos e recomenda ações para pais de crianças e adolescentes
atualizado
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São Paulo – Cabo Caramelo chega numa viatura, desce e entra no Palácio da Polícia Civil em São Paulo. Sequer passa pelo credenciamento. Para observadores, algo desnecessário para o servidor. “Ele é da cúpula”, comenta um fã sobre o cão. Dominando o cenário, o cão policial atravessa o hall do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) entregando charme, competência e multitalentos. Não entrega autógrafos, ainda, e nem pretende. É muito focado e zero deslumbre.
“Eu sou aquele que chamam para caçar o bicho-papão. E, dessa vez, fui CÃOvocado pelos meus amigos da Civil”, anuncia Cabo Caramelo num vídeo. Ele é assertivo. Num caso recente que chegou ao DHPP, envolvendo um princípio de incêndio numa chácara, o cachorro vira-lata identificou, de imediato, o local do sangue.
Segundo Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, a agilidade do cão não só ajudou a desvendar o crime, como reduziu os custos do uso do luminol, um líquido reagente para identificar sangue. “Sem o faro do Cabo Camarelo, seria luminol desperdiçado na chácara inteira”.
O cão caramelo não fica num crime só. “Conheci a Delegacia de Combate a MONSTROS que perseguem crianças”, anuncia enquanto circula no prédio.
Neste momento, Caramelo dispara em direção à entrada da sala do 4º DP – Pedofilia Divisão de Proteção à Pessoa. “O foco deles é algumas plataformas digitais, como o Discord”, explica em frente à divisão que realiza o monitoramento das redes sociais em busca de pornografia infantil.
Cabo Caramelo preocupado com as crianças
Numa mesa, acompanhado de policiais, Cabo Caramelo debate com colegas da Polícia Civil uma das suas missões: a importância do alerta aos pais para que monitorem seus filhos no uso da tecnologia. Numa brinquedoteca, o cão diverte-se no seu momento de folga.
E, plim! Fim do recreio. “Nota importante”, alerta batendo a patinha numa campainha. “Eu sempre quis fazer isso”, revela. Ele também é bem-humorado, algo típico de inteligentes. Ele segue para a divisão da perícia. “Mas isso é assunto para outro vídeo”. Misterioso, o Cabo Caramelo foi treinado pela Polícia Militar (PM), mas agora está na Civil. “Aqui eu batizaria de Investigador Caramelo”, brincou Ivalda.
“Eu posso não conseguir farejar esses monstros através das telas, mas meus colegas estão preparados para isso”, avisa o cão enquanto é paparicado pelos delegados do DHPP.
E encerra, muito fofo, “Quando estiver perto de uma criança nós vamos estar. Denuncie qualquer tipo de abuso contra crianças e adolescente através do 197”, informa.