Cabeças, asas e bile: Ibama acha partes de animais em aeroporto de SP
Fiscais do Ibama apreenderam partes de animais, como cabeça de babuíno e bile de urso, em embalagens no Aeroporto Internacional de São Paulo
atualizado
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São Paulo — Uma operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária e a Receita Federal, apreendeu diversas partes e membros de animais no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, nessa terça-feira (19/9).
A equipe de fiscais encontrou uma cabeça de babuíno e frascos com bile de urso nas embalagens confiscadas. As espécies são protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens.
Também foram encontrados ratos empalados e cabeças de diversas aves. Parte dos materiais possui alto potencial de introdução de doenças no Brasil pelo estado in natura e a falta de documentação de origem, segundo o Ibama.
Peixes ornamentais
Na mesma operação, no terminal de cargas do aeroporto, os agentes ambientais federais apreenderam mais de 11 mil peixes ornamentais de diversas espécies, que seriam exportados para Taiwan, sem a documentação de origem necessária.
Em outra frente, os fiscais interceptaram remessas postais internacionais nos Correios para Estados Unidos, França e Espanha. Nesses pacotes, foram encontrados 15 kg de bexigas natatórias — órgão que auxilia os peixes no controle da profundidade, materiais de artesanato feitos com penas de aves silvestres, incluindo araras e papagaios, dentes de onça, jacaré e cateto, fragmentos de carapaças de quelônios, crânios de jacaré, aves de rapina, rabo de arraia e corais. Todos os materiais foram apreendidos e os remetentes, autuados.
Um passageiro nigeriano e um chinês foram autuados pela tentativa de ingresso no Brasil com itens sem parecer técnico oficial favorável ou licença da autoridade ambiental competente. As peças e objetos apreendidos foram encaminhados para destruição.