1 de 1 Coronovac - Metrópoles
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
São Paulo – O Instituto Butantan vai entregar ao Ministério da Saúde, nessa quinta-feira (10/11), um milhão de doses de Coronavac. O novo lote da vacina será usado para a imunizar crianças entre 3 e 5 anos de idade contra a Covid-19.
As doses fazem parte do aditivo do contrato de compra de 10 milhões de doses do imunizante para Programa Nacional de Imunizações (PNI). As vacinas foram produzidas na fábrica em São Paulo com Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) importado da farmacêutica Sinovac, na China.
O acordo foi fechado com o governo federal no início deste ano. Em setembro, o instituto entregou um milhão de doses, após a aprovação do uso da Coronavac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa-etária de 3 a 5 anos.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Aline Massuca/Metrópoles
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
ER Productions Limited/ Getty Images
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
Hugo Barreto/ Metrópoles
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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Criança vacinada
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Um estudo divulgado pelo Butantan em janeiro mostra que não houve relatos de efeitos adversos graves entre as 4 mil crianças entre 6 e 35 meses de idade que participaram da pesquisa
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O Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina Coronavac em território nacional, deve enviar à Anvisa mais dados sobre a faixa etária de 3 a 5 anos para ampliar a quantidade de pessoas a serem imunizadas pela fórmula
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Enquanto as vacinas não são aprovadas para crianças menores, pesquisas científicas já apontaram que lactantes vacinadas passam anticorpos para os filhos via leite materno
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Público infantil
Para completar o esquema vacinal de crianças dessa idade são necessárias duas doses, somando 12 milhões de imunizantes para atender essa população infantil.
A Anvisa aprovou, em 13/7, a Coronavac para a faixa etária de 3 a 5 anos, inclusive para crianças imunossuprimidas e com comorbidades.
Segundo o Butantan, uma pesquisa no Chile mostrou que a vacina ofereceu proteção de 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 64,6% contra hospitalização por Covid-19.
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