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Buscas no litoral de SP focam casa alugada por 20 turistas no Carnaval

Os turistas estão entre as 38 pessoas desaparecidas. Até o momento, os bombeiros acharam 50 corpos na região

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ONG Imagem colorida de São Sebastião mostra carro e casas destruídas - Metrópoles
1 de 1 ONG Imagem colorida de São Sebastião mostra carro e casas destruídas - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Sebastião – Uma casa alugada por um grupo de turistas no Carnaval, que foi completamente destruída pelo temporal no litoral norte de São Paulo no último fim de semana, é o principal foco de atuação dos bombeiros, que entraram nesta sexta-feira (24/2) no sexto dia de buscas por desaparecidos na tragédia que matou ao menos 50 pessoas.

Segundo oficiais do Corpo de Bombeiros ouvidos pelo Metrópoles, a casa que fica na Vila do Sahy, a poucos metros da paradisíaca praia da Barra do Sahy, na costa sul de São Sebastião, a mais castigada pelas chuvas, hospedava cerca de 20 pessoas durante o feriado. Esses turistas estão na lista dos 38 desaparecidos contabilizados pela Defesa Civil de São Paulo.

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Estragos provocados pelas chuvas em SP
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Bombeiros reunidos antes das buscas por sobreviventes

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Região atingida por temporal recebe doação de alimentos e itens para doação a famílias desabrigadas

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A casa alugada para o grupo de turistas de São Paulo na Vila do Sahy foi descoberta durante o mapeamento que os bombeiros fizeram, antes de iniciar a operação de buscas por vítimas com cães farejadores. Nesses casos de resgate em áreas de risco, adota-se a estratégia de coletar informações com moradores que conhecem bem a região, para saber quais áreas eram habitadas antes da tragédia e concentrar a procura de sobreviventes sob os escombros e a lama.

A proprietária da casa alugada, que sobreviveu ao acidente e passa bem, disse aos bombeiros e à Defesa Civil que fechou mais de um contrato de locação para o imóvel no mês de fevereiro e que não tinha mais certeza se todas as pessoas estavam ali no dia da tragédia, no último domingo (19/2), ou se parte delas já teria deixado o local antes do temporal. Por isso, o número total de desaparecidos nessa região pode variar entre 11 e 20 pessoas, segundo os oficiais.

Operação de resgate

Para fazer o resgate na encosta da Vila do Sahy, os bombeiros dividiram a área que foi devastada pelo deslizamento de terra do morro em três setores. Em um deles, os corpos de todas as pessoas que haviam sido indicadas como potenciais vítimas já foram localizados. No segundo, ainda há moradores sendo procurados pelos bombeiros. E, no terceiro, há a casa que foi alugada por um grupo de turistas de São Paulo.

Como o Metrópoles mostrou na quinta-feira (23/2), parentes de vítimas têm ajudado bombeiros e cães farejadores na esperança de encontrarem sobreviventes em meio aos escombros na Vila do Sahy, enquanto moradores correm para salvar o que sobrou em suas casas, atingidas pelo deslizamento de terra provocado pela chuva.

A reportagem acompanhou os bombeiros retirando mais corpos que estavam soterrados, além dos 50 mortos já confirmados pela Defesa Civil do estado. Em uma das ações, um homem ajudou a encontrar, sem vida, o filho e a nora, que estava grávida, debaixo de um colchão sob os escombros.

Embora já haja retroescavadeira retirando lama e concreto das áreas devastadas, os bombeiros mantiveram as buscas, na esperança de encontrar sobreviventes. Os oficiais reconhecem que, depois de cinco dias, as chances são remotas. Mesmo assim, os trabalhos seguirão por tempo indeterminado, para localizar todos os corpos e permitir que familiares possam enterrar seus parentes mortos na tragédia.

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Tragédia deixou 65 mortos no litoral norte paulista
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