Briga por assento preferencial provocou confusão e morte no trem em SP
Briga por causa de assento causou confusão que terminou com a morte de passageiro atropelado por trem na Linha 12-Safira, zona leste de SP
atualizado
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São Paulo — A briga que deu origem à confusão generalizada no trem da Linha 12-Safira, na noite desta sexta-feira (15/12), na zona leste de São Paulo, foi provocada porque um dos envolvidos se acomodou em um assento preferencial, diante de uma mulher que teria direito a usá-lo. Houve acionamento do botão de emergência, abertura de portas e um homem de 64 anos morreu ao pular nos trilhos e ser atropelado por outra composição.
A confusão aconteceu por volta das 20h, no trecho entre as estações Comendador Ermelino e São Miguel Paulista, em um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que seguia em direção a Calmon Viana. Durante a briga, houve correria e pessoas foram pisoteadas. Em redes sociais, um vídeo que exibia o início da briga foi publicado por quem estava no trem.
Houve informações desencontradas de que o último vagão estaria pegando fogo e até de que um arrastão estava em curso dentro da composição, com bandidos armados, o que ajudou a alastrar o clima de pânico entre os passageiros, que forçaram a abertura das portas.
Questionada neste sábado (16/12), a Secretaria da Segurança Pública afirmou que um assento preferencial motivou a discussão e a briga entre as partes. “Em dado momento, os rapazes tentaram se agredir iniciando uma confusão generalizada entre passageiros por um banco de assento”, diz.
Segundo a SSP, os envolvidos são dois homens, de 21 e 35 anos, que foram levados ao 63º DP (Vila Jacuí), ouvidos pela autoridade policial e liberados em seguida. O caso seguirá sob investigação do 22º DP (São Miguel Paulista), que é responsável pela área do incidente.
O que diz a CPTM
Segundo a CPTM, os trens circularam com restrição de velocidade até as 21h, para permitir a retirada das pessoas que desceram aos trilhos.
A companhia diz que pretende colaborar com as investigações. “A CPTM lamenta o ocorrido e reitera que não tolera nenhum tipo de violência contra a vida nos trens e nas estações, seja por parte de seus colaboradores ou de passageiros que utilizam o sistema, e vai colaborar com a investigação policial, inclusive com o resgate de imagens do trem”, afirma.