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Boulos: “Salve” do PCC citado por Tarcísio é laudo falso do 2º turno

Boulos classificou a fala de Tarcísio de Freitas sobre suposto “salve” do PCC como crime eleitoral. Candidato já entrou com ação no TRE

atualizado

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O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), vota na zona sul da cidade pelo segundo turno das eleições municipais 2024 Metropoles
1 de 1 O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), vota na zona sul da cidade pelo segundo turno das eleições municipais 2024 Metropoles - Foto: DANILO M. YOSHIOKA/METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka

São Paulo — O candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, comparou a fala de Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre a suposta interceptação de bilhetes no sistema prisional com um “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC), ao laudo falsificado que Pablo Marçal (PRTB) publicou às vésperas do primeiro turno tentando associar o psolista ao uso de drogas.

“Aconteceu algo extremamente grave, uma declaração irresponsável e mentirosa do governador Tarcísio de Freitas, ao lado do meu adversário, querendo atribuir que crime organizado, PCC, teria orientado voto em mim, sem apresentar nenhum tipo de prova. Esse é o laudo falso do segundo turno”, disse Boulos, em coletiva.

O candidato do PSol afirmou que a atitude de Tarcísio mostra desespero dos adversários e que teve por objetivo influenciar o resultado das eleições.

 

“Isso é crime eleitoral. Por isso, nós acabamos de entrar no TRE [Tribunal Regional Eleitoral] com uma ação de investigação eleitoral, é a ação mais grave que se pode entrar na Justiça Eleitoral, por abuso de poder político”, disse Boulos.

A ação afirma que a finalidade de Tarcísio de influenciar as eleições “fica clara pela escolha do momento para divulgação da coletiva, durante o horário da votação, com a presença dos candidatos abertamente apoiados pelo atual governador, todos com adesivo de propaganda dos candidatos representados em suas camisas”.

Mais cedo, após votar em um colégio no Morumbi, na zona sul de São Paulo, Tarcísio de Freitas disse à imprensa que um suposto “salve” do PCC teria sido interceptado pelo governo. O documento, segundo o governador, tinha uma orientação para voto em Boulos.

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Boulos deixa local de votação junto com sua vice Marta Suplicy
Boulos acena a jornalistas em local de votação
Candidato do PSol votou por volta das 10h deste domingo (27/10)
Guilherme Boulos (PSol)
Boulos votou acompannhado de familiares e de ministros do governo Lula
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Guilherme Boulos após votar neste domingo (27/10)

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Boulos deixa local de votação junto com sua vice Marta Suplicy

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Boulos acena a jornalistas em local de votação

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Candidato do PSol votou por volta das 10h deste domingo (27/10)

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Boulos votou acompannhado de familiares e de ministros do governo Lula

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Boulos concorre, pela segunda vez, à Prefeitura de SP

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Boulos fala com a imprensa após votar na zona sul de SP

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“Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de “orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou Tarcísio de Freitas.

“Isso aconteceu em São Paulo, disseram que era para votar no outro”, acrescentou ele. Sem dar mais detalhes sobre o documento apreendido, o governador afirmou que “o outro” seria Guilherme Boulos.

Boulos classificou a fala como “uma declaração extremamente grave” e que tem como objetivo “tentar influenciar as eleições…botar medo nas pessoas”. Ele também comparou a situação com a vivida com Marçal a durante o primeiro turno da corrida eleitoral, quando o adversário o atacou com falas sobre um suposto uso de drogas:

“Era mesmo a coisa do laudo. Eu fiquei o primeiro turno inteiro tendo que responder sobre um ataque absurdo de uso de droga. Há dois dias da eleição, veio um laudo que era falso. Agora, no dia da eleição, preocupado com os resultados, o governador do estado faz uma declaração irresponsável, mentirosa, como essa, ao lado do seu candidato, que é o meu adversário.”

O candidato ainda afirmou que acionou a equipe jurídica da campanha e que vai entrar com as medidas cabíveis contra Tarcísio e todos aqueles que divulgaram “essa mentira”.

Na visão da equipe de Boulos, há uma ação coordenada por parte da campanha adversária, com mensagens que passaram a ser divulgadas em grupos de WhatsApp.

Veja:

 

Votação

Guilherme Boulos votou no CEU Campo Limpo, na zona sul, na manhã deste domingo. Ele afirmou que está confiante na vitória, apesar das pesquisas apontarem seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), como favorito à reeleição.

Em coletiva de imprensa realizada na saída do voto, o candidato disse esperar por um resultado positivo ao seu favor. “Essa eleição é uma eleição muito acirrada, que se decide nas últimas horas. Ninguém vence eleições de véspera”, disse o deputado, completando “É um sentimento de virada, é um sentimento de mudança”.

Já Ricardo Nunes votou na Escola Estadual Dom Duarte Leopoldo e Silva, na Capela do Socorro. Ao lado de Tarcísio, ele agradeceu ao governador pela confiança durante a campanha.

“Estou muito otimista. [Quero] agradecer a minha família, a minha esposa, e um agradecimento especial ao governador Tarcísio, grande governador que tem sido fundamental na Prefeitura de São Paulo (…). Deus abençoe a nossa cidade”, disse, logo após votar.

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Nunes durante votação

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Em conversa com jornalistas, Nunes reiterou o quanto o apoio de Tarcísio foi importante.

“Eu falo isso não só no período eleitoral, mas antes, na gestão, nas ações da área de segurança, da área da habitação, saneamento, mobilidade. Isso já ajudou a melhorar os índices de aprovação de campanha. No momento em que eu dei uma caída na pesquisa, entre 28 e 29 de agosto, foi o momento em que o governador Tarcísio mais entrou na campanha. Isso é uma prova do caráter da lealdade, da pessoa que é o Tarcísio”, afirmou.

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