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Boulos repete tática de Haddad em 2022 ao preferir Marçal no 2º turno

Mesmo mantendo os ataques a Nunes, Boulos vê melhores chances de vitória se enfrentar Marçal no 2º turno, assim como Haddad via em Tarcísio

atualizado

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Imagem colorida mostra Guilherme Boulos e Fernando Haddad - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Guilherme Boulos e Fernando Haddad - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

São Paulo Com o crescimento do influenciador Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas à Prefeitura da capital paulista, a aposta do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na polarização como um trunfo no segundo turno repete uma tática adotada por Fernando Haddad (PT), hoje ministro da Fazenda, na campanha ao governo paulista em 2022.

Boulos já declarou assistir “de camarote” a disputa pelo eleitorado bolsonarista travada entre Marçal e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), nome oficialmente apoiado por Jair Bolsonaro (PL). Embora tenha mantido os ataques a Nunes – colocando o prefeito e Marçal como “duas faces do bolsonarismo” – a campanha de Boulos vislumbra melhores chances de vitória se enfrentar o influenciador, e não o prefeito, num eventual segundo turno.

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Marta, Boulos, Lula, Erundina e Haddad durante convenção PT/PSol
Guilherme Boulos e Natalia Szermeta, sua esposa
Lula e Boulos na convenção do PSol e do PT que oficializou chapa em SP
Boulos, Marta e o deputado estadual Antônio Donato (PT) comem bolo durante agenda de campanha em SP
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Lula, Marta e Boulos em comício no Campo Limpo, na zona sul de SP

Leandro Paiva/Divulgação Boulos
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Marta, Boulos, Lula, Erundina e Haddad durante convenção PT/PSol

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Guilherme Boulos e Natalia Szermeta, sua esposa

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Lula e Boulos na convenção do PSol e do PT que oficializou chapa em SP

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Boulos, Marta e o deputado estadual Antônio Donato (PT) comem bolo durante agenda de campanha em SP

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O candidato Guilherme Boulos (PSol) durante comício

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Boulos e Marçal partiram para ataques em debate

Reprodução
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Fernando Haddad e Guilherme Boulos utilizando "pulseirinhas da amizade"

Leandro Paiva/@leandropaivac
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Boulos e Marta em ato na Praça da Sé, no centro de SP

Leandro Paiva/Divulgação Boulos
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Boulos mostra camisa do Corinthians emoldurada em sua casa

Leandro Paiva/Divulgação Boulos

Para aliados do psolista, a postura caótica de Marçal pode afastar eleitores de centro e de perfis mais moderados. Além disso, Boulos temia um embate direto com Nunes pelo fato de o prefeito contar com a máquina pública à disposição. Por isso, mesmo com ataques ao emedebista, a maior artilharia será gasta com o influenciador.

Boulos repete Haddad

Aliado de Boulos nesta disputa, Haddad adotou estratégia semelhante em 2022. Assim como o psolista tem feito, o ex-prefeito investiu na nacionalização da disputa e buscou a polarização com Tarcísio de Freitas (Republicanos), afilhado político de Bolsonaro. Haddad acabou derrotado e Tarcísio, eleito governador.

Na época, o cálculo feito pela campanha de Haddad foi o de escantear o então governador Rodrigo Garcia (então no PSDB), que além de estar à frente da máquina estadual, construiu uma coligação de nove partidos e detinha o maior tempo de TV, com quase o dobro do tempo de seus adversários.

Para o entorno do petista, as chances de vitória no estado seriam maiores se Haddad enfrentasse um candidato do bolsonarismo, o que poderia afastar eleitores moderados. Na ocasião, o petista liderava as pesquisas de intenção de votos.

No entanto, a votação no primeiro turno pegou a campanha de surpresa: Tarcísio avançou ao segundo turno sete pontos à frente de Haddad, uma diferença que não havia sido captada pela maioria das pesquisas eleitorais e com a qual a equipe petista não trabalhava.

Até o momento, os institutos tradicionais não apresentaram cenários de segundo turno entre Marçal e Boulos. Internamente, as duas campanhas já têm comparado a situação de Nunes, que desidratou nos levantamentos, com a do próprio Garcia – ironicamente, coordenador de seu plano de governo.

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