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Boulos processa Marçal após acusação de cobrar aluguel de ocupações

Guilherme Boulos acusa Pablo Marçal de ter feito acusações caluniosas ao dizer em podcast que ele chefia um “esquema imobiliário criminoso”

atualizado

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Renato Araújo/Câmara dos Deputados
O deputado federal Guilherme Boulos
1 de 1 O deputado federal Guilherme Boulos - Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

São Paulo — O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) entrou com uma ação de danos morais na Justiça contra Pablo Marçal (PRTB) por causa de acusações feitas pelo influencer durante um podcast na semana passada. Ambos são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.

Na ação, a defesa de Boulos acusa Marçal de ter veiculado uma fake news com intenção difamatória e caluniosa ao afirmar, sem provas, que o deputado mantém um esquema imobiliário criminoso, promovendo invasões de casa que, posteriormente, seriam alugadas por R$ 700 a famílias vulneráveis.

“O Boulos, ninguém sabe, mas eu vou revelar isso nessa campanha: ele é a maior imobiliária irregular do estado de São Paulo. Ele coloca a família lá, pode perguntar para as famílias, eu fui, eu tô indo em tudo, cobra R$ 700 de aluguel desse povo. Tem base um cara desse? Falar que ajuda o pobre, cobrar aluguel dos caras? Esse cara tem é que pagar imposto da imobiliária dele”.

O processo diz que as afirmações de Marçal “são totalmente mentirosas” e foram proferidas “sem nenhuma prova” com o objetivo de prejudicar sua imagem. Para Boulos, trata-se de uma desinformação com o propósito de difamar sua imagem pública, a fim de desequilibrar o processo eleitoral.

Guilherme Boulos atuou por cerca de 20 anos como coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que advoga principalmente pelo direito à moradia. Uma das principais frentes do movimento é o processo de ocupação de imóveis vazios para pressionar o poder público a prover moradias à população de baixa renda.

A defesa de Boulos diz que a trajetória do deputado federal é conhecida e já foi objeto de investigação minuciosa pela imprensa e por autoridades. Nessas investigações, “nunca houve qualquer notícia de que o autor cobrasse aluguel de famílias moradoras das ocupações, tampouco de que o autor fosse ‘a maior imobiliária irregular do Estado de São Paulo'”.

A ação ainda menciona o patrimônio de R$ 88.441.467,08, declarado por Pablo Marçal ao Tribunal Superior Eleitoral e pede que ele pague uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à Boulos. A ação também pede que a entrevista, que está no Youtube, seja retirada do ar.

O Metrópoles procurou a defesa de Pablo Marçal, que não se pronunciou sobre o caso. O espaço permanece aberto.

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