Boulos diz que Nunes se comporta como “tchutchuca do Bolsonaro”
Em evento ao lado de Marta nesta quinta-feira, Boulos criticou ida de Nunes a ato pró-Bolsonaro no domingo (25/2), na Avenida Paulista
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A três dias de um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo apoiado pelo presidente Lula (PT), chamou o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), de “tchuchuca do Bolsonaro” e disse que a eleição em outubro será “do time do Lula contra o time do inelegível”.
Durante evento em Parelheiros nesta quinta-feira (22/2), o primeiro da pré-campanha de Boulos ao lado de sua vice na chapa, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), o deputado do PSol criticou o fato de Nunes ter confirmado presença no ato pró-Bolsonaro, que é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
“[Nunes] vai para a Avenida Paulista para celebrar um golpe”, disse Boulos nesta quinta. “Esse prefeito se comporta como um tchutchuca do Bolsonaro, não como um prefeito da cidade de São Paulo”, completou.
Boulos chamou a manifestação de “preocupante” por considerar “um ato de viúvas de um golpe fracassado”. Ele também disse que a presença de Nunes e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é “lamentável” e alfinetou o prefeito pela aliança com o ex-presidente.
“Eu não escondo meus aliados. Todos aqui sabem quem está comigo, com quem eu ando, quem vai estar no meu palanque. Todos sabem da minha aliança com o presidente Lula, que me orgulha. Às vezes, o atual prefeito tenta fingir que não é o candidato do Bolsonaro e no outro momento sobe em um palanque de defesa de golpe de Estado na Avenida Paulista”, disse Boulos.
O psolista acrescentou que, em outubro, a polarização entre ele e Nunes, que estão tecnicamente empatados, segundo o último levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, representará a disputa entre Lula e Bolsonaro na capital paulista.
“O que vai estar em jogo na cidade de São Paulo também é uma disputa entre esses governos, esses legados, como o de um prefeito que não diz a que veio, que só se omite. É também a disputa do time do Lula contra o time do inelegível. Essa disputa nós vamos travar em outubro também”, afirmou.
Marta evita citar Nunes
Em seu primeiro evento de pré-campanha ao lado de Boulos, Marta Suplicy evitou citar o nome de Nunes, com quem trabalhou na prefeitura até janeiro deste ano, como secretária de Relações Internacionais, antes de decidir voltar ao PT para ser vice na chapa do deputado do PSol.
“Depois de muito tempo, vamos ter um prefeito nesta cidade que sabe o que as pessoas precisam, que tem um olhar para os mais necessitados, para os idosos, crianças, mais pobres”, declarou.
Marta também acrescentou que nada a alegrou mais do que iniciar a pré-campanha em Parelheiros, bairro do extremo sul da capital paulista que é reduto eleitoral da petista e onde ela foi a mais votada nas eleições de 2016.