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Boulos e Marta oficializam chapa em maior teste eleitoral de “Lula 3”

Boulos terá Lula como cabo eleitoral em disputa que deve ser polarizada em SP contra o prefeito Ricardo Nunes, apoiado por Bolsonaro

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O deputado federal Guilherme Boulos, a ex-prefeita Marta Suplicy e o presidente Lula
1 de 1 O deputado federal Guilherme Boulos, a ex-prefeita Marta Suplicy e o presidente Lula - Foto: Reprodução/YouTube

São Paulo – A convenção que confirmará a chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) e de sua vice, Marta Suplicy (PT), à Prefeitura da capital, neste sábado (20/7), reunirá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um time de ministros que tentarão colocar o peso da máquina federal a favor da coligação formada por oito partidos de esquerda.

“A partir de agora, acaba o treino e começa o jogo”, anunciou Boulos na quinta (18/7), em coletiva no centro da cidade, a dois dias da convenção marcada para ocorrer em um pavilhão da Expo Center Norte, na zona norte da capital.

A expectativa da equipe de Boulos é de que o evento reúna mais de 10 mil pessoas, incluindo deputados federais e estaduais, vereadores, pré-candidatos e sete ministros do governo Lula, além do próprio presidente e da primeira-dama Janja.

“Vamos contar com o presidente Lula, que disse a mim e ao Rui Falcão [deputado federal e um dos coordenadores da campanha] que estará à nossa disposição”, disse Boulos.

Foram confirmadas as presenças dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macedo (Secretário Geral da Presidência).

“É quase a esplanada dos ministérios que vai estar nessa convenção”, brincou Boulos.

O apoio do PT a Boulos

A convenção será no mesmo local utilizado em 2022 por Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), para lançar a pré-campanha à Presidência da República e anunciar a formação de uma frente ampla que visava derrotar o então presidente Jair Bolsonaro (PL) naquelas eleições.

O petista elegeu o palanque na capital como uma de suas prioridades a nível nacional para estas eleições e terá, na cidade, seu maior desafio eleitoral desde o início de seu atual mandato, o terceiro no Palácio do Planalto.

Lula busca contornar o fato de que viagens para fazer campanha não podem ser custeadas com recursos da Presidência. Por isso, dirigentes do PT devem apresentar, neste sábado, uma resolução que permitirá a Lula viajar utilizando o fundo partidário.

O PT também confirmou que contribuirá financeiramente com a campanha. No início do mês, alguns petistas haviam se manifestado contra repasses a um candidato de outro partido, apelando para uma regra eleitoral do próprio PT.

“Temos uma deliberação, de eleições anteriores, de não fazer repasses a outros partidos. Isso não impede o PT de destinar [verba] à candidata a vice, que é a Marta. Afinal de contas, é a mesma campanha”, disse Laércio Ribeiro, presidente municipal do PT.

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Boulos terá o apoio do PT de Lula na campanha deste ano
Boulos faz discurso a integrantes do MTST
Marta será vice de Boulos na disputa em São Paulo
Boulos durante evento na periferia de SP
Lula e Boulos em evento no Jardim Ângela, em SP
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Boulos, Marta Suplicy e Lula em evento da filiação de Marta ao PT, em São Paulo

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Boulos terá o apoio do PT de Lula na campanha deste ano

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Boulos faz discurso a integrantes do MTST

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Marta será vice de Boulos na disputa em São Paulo

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Boulos durante evento na periferia de SP

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Lula e Boulos em evento no Jardim Ângela, em SP

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Boulos e Carlos Lupi, do PDT, em evento do partido em apoio à candidatura

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Evento em SP formalizou apoio da Rede, da ministra Marina Silva, a Guilherme Boulos

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Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos quer unir Lula e Tarcísio de Freitas pela segurança na capital paulista

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Boulos, em entrevista após o PT formalizar apoio a seu nome

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A deputada federal e ex-prefeita de SP, Luiza Erundina, em evento da pré-campanha de Boulos

Divulgação/PSol

Frente progressista

Assim como há dois anos, a disputa na capital apresenta uma polarização entre Boulos e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Enquanto o psolista conta com o apoio de Lula, Nunes terá Bolsonaro ao seu lado no palanque municipal.

Sem aceno a eleitores de centro, o arco de alianças da chapa reúne oito partidos: PT, PSol, Rede, PV, PCdoB, PDT, PMB e PCB. “Estamos montando a maior frente progressista da cidade de São Paulo”, disse Boulos.

Em dezembro do ano passado, Lula convenceu a ex-prefeita Marta Suplicy a deixar a gestão Nunes, da qual era secretária, e retornar ao PT para ser a vice de Boulos – passando de adversária a aliada, de forma semelhante ao próprio Alckmin.

Segundo os petistas, Marta agrega à chapa a experiência no Executivo que falta ao deputado e também empresta a ele o uso de suas marcas na Prefeitura (2001-2004), como a criação do Bilhete Único e dos Centros Educacionais Unificados (CEUs).

Combo de gestões

Na convenção deste sábado, será apresentado um vídeo com relatos dos feitos das gestões de Marta, Haddad e Luiza Erundina (PSol) na cidade. Conforme divulgado pelo Metrópoles, Boulos tem se apresentado como continuidade das administrações de esquerda na capital.

A campanha também se apropriará de marcas do governo Lula e já antecipou a proposta de lançar um programa similar ao Mais Médicos na cidade. O programa visa zerar as filas de exames e atendimentos na capital e seria feito em parceria com o governo federal.

No evento, Boulos anunciará os cinco pilares que vão nortear sua campanha nas áreas de saúde, educação, oportunidades, segurança urbana e meio ambiente.

Ele apresentará propostas para dobrar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM), implementar o ensino integral em toda a rede municipal e organizar “força-tarefa” para inibir e reduzir roubos e furtos de celulares na cidade.

O anúncio completo e detalhado de todas as propostas será feito em outro evento, no dia 1º de agosto, uma quinta, no qual Boulos divulgará o seu plano de governo.

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