Boulos mapeia periferia onde Marçal ganhou por pouco para virar voto
Campanha de Boulos vê potencial em virar votos nas regiões onde Marçal ganhou por apertada diferença, como em Itaquera, na zona leste
atualizado
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São Paulo – Após a votação do 1º turno à Prefeitura da capital, a campanha de Guilherme Boulos (PSol) tem mapeado as regiões onde Pablo Marçal (PRTB) ganhou do psolista por uma diferença apertada de votos para tentar conquistar eleitores que não necessariamente são de direita, mas que seriam mais favoráveis a uma mudança de gestão.
Durante uma reunião na tarde dessa segunda-feira (7/10), um dia após a votação, Boulos se encontrou com vereadores eleitos pela coligação e deputados estaduais para traçar estratégias. A ideia é que os parlamentares se dividam entre seus redutos eleitorais para tentar virar votos a favor de Boulos, em especial, na periferia.
Na zona leste, por exemplo, a equipe de Boulos entendeu que é necessário intensificar agendas em regiões populosas como Parque do Carmo, onde Marçal ganhou por uma diferença de 1,7 mil votos, em Itaquera, onde Boulos teve pouco mais de mil votos a menos que o influenciador, e em Teotônio Vilela, cuja diferença entre os dois foi de apenas 88 votos.
Já na zona sul, a campanha vê possibilidade de virar votos no Grajaú, onde o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi o mais votado. A diferença entre ele e Boulos, no entanto, foi de menos de mil votos. Para a região, os planos incluem intensificar as agendas da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), vice de Boulos e que tem o Grajaú como um de seus redutos eleitorais.
“Ela vai ser decisiva para fazer a virada em Parelheiros e no Grajaú, que é uma região onde ela tem muita força”, disse Boulos à imprensa, nessa segunda, após a reunião com os parlamentares.
Já em outras áreas, como o distrito de Perus, na zona norte, Boulos viu um crescimento em relação ao 1º turno de 2020, quando foi derrotado na região pelo ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). Na época, ele recebeu 21 mil votos contra 33 mil do tucano. Nestas eleições, o psolista foi o mais votado na área, com 32 mil votos.
Boulos atribuiu o resultado em Perus, e em outras áreas, ao bom desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, quando foi o mais votado na região contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Parte da nova estratégia da campanha será de amplificar as agendas e tentar aumentar o teto de votos na área.
“Há potencial para crescer ainda mais. Se você comparar, inclusive, os nossos votos e os votos do presidente Lula há dois anos nessas regiões, vai ver que ainda há uma margem muito grande para a gente aumentar a votação nessas regiões, que é uma margem que disse não ao bolsonarismo há dois anos e que se identifica com o projeto representado pelo presidente Lula”, disse Boulos.