Boulos inicia pré-campanha na periferia de SP e mira diálogo com empresários
Pré-candidato a prefeito de SP, deputado Guilherme Boulos busca se aproximar de empresários para reduzir fama de radical
atualizado
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São Paulo — Após selar o apoio do PT à sua candidatura a prefeito de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) começou a traçar uma estratégia de pré-campanha que passa por buscar diálogo com empresários e rodar bairros periféricos da cidade para aglutinar lideranças comunitárias.
A equipe de Boulos avalia que, embora o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já seja conhecido entre o eleitorado, por causa da disputa na eleição de 2020, ele precisa encontrar uma forma de se desvencilhar do rótulo de radical de esquerda, associado a invasões de imóveis.
Por isso, Boulos buscará já neste segundo semestre, faltando um ano para o início oficial da campanha, ter encontros com o empresariado paulistano, nos quais pretende tratar de temas como segurança pública, zeladoria urbana e atenção a moradores de rua, questões locais que fogem um pouco do debate ideológico travado em Brasília com bolsonaristas, que negociam apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Já nas visitas que pretende fazer aos bairros da capital, articuladas por aliados tanto do PSol quanto do PT, o objetivo é ouvir lideranças comunitárias e absorver as demandas locais para elaborar seu futuro plano de governo e ter mais munição política para usar contra o atual prefeito.
O primeiro encontro de Boulos foi marcado para o próximo dia 2 de setembro, no Capão Redondo, bairro na periferia da zona sul de São Paulo, onde ele pretende lançar sua pré-campanha e reunir aliados de regiões próximas, como Campo Limpo, onde ele tem residência, e Capela do Socorro.
Embora auxiliares de Boulos trabalhem com um cenário eleitoral que conte também com a candidatura da deputada federal Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura, o PSol busca repetir, na corrida municipal, o arco de alianças construído pelo PT na eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a coligação petista incluiu, além de PT e PSol, PSDB, Rede, PC do B, PV, Agir, Avante, Pros e Solidariedade.