Boulos evita citar nome do MTST ao falar sobre habitação em debate
Ligação de Boulos com o movimento foi um ponto de tensão na campanha do candidato do PSol porque rivais políticos criticam invasões do grupo
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — Guilherme Boulos, candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo, não citou nominalmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que ele é coordenador nacional desde 2002.
A ligação de Boulos com o MTST se tornou um ponto de tensão na campanha do psolista porque rivais políticos compararam as invasões do grupo às praticadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Ao falar sobre habitação em uma das suas respostas no debate da TV Globo, Boulos citou que liderou por 20 anos um “movimento de luta por moradia” e explicou um programa de apoio para reforma e melhoria de casas, além de obras de urbanização para melhorias nos bairros e a regularização de mais de 250 mil imóveis. Em nenhum momento o psolista falou o nome do movimento.
No quarto bloco, Boulos voltou a ser questionado sobre as invasões e, então, citou o nome do movimento ao dizer que teve o “maior orgulho de atuado do Movimento dos Sem Teto, que, aliás, nunca invadiu a casa de ninguém”. O psolista lembrou que o MTST pegou imóveis ilegais para dar casa a mais de 15 mil famílias.
O debate da Globo é o 11º e último encontro entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo antes do primeiro turno, que ocorre no domingo (6/10). Participam Guilherme Boulos (PSol), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).
Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (3/10), Boulos (26%), Marçal (24%) e Nunes (24%) estão tecnicamente empatados na liderança. Tabata aparece em quarto, com 11%, seguida por Datena, com 4%, e Marina Helena (Novo), com 2%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.