Boulos marca encontro com evangélicos, público no qual esquerda patina
Candidato do PSol, Guilherme Boulos busca ampliar aceitação entre os evangélicos, que têm manifestado preferência por Nunes e Pablo Marçal
atualizado
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São Paulo – Candidato à Prefeitura da capital pelo PSol, o deputado federal Guilherme Boulos se reunirá com representantes de diferentes segmentos evangélicos na próxima segunda-feira (26/8), em um hotel na Barra Funda, bairro da zona oeste da cidade.
Ampliar a relação com o público evangélico é um dos objetivos da campanha de Boulos, já que historicamente a esquerda patina entre o eleitorado do setor. De acordo com o IBGE, o segmento foi o que mais cresceu no país nos últimos 30 anos. Atualmente, os evangélicos representam mais de 20% da população brasileira.
Até o momento, as pesquisas eleitorais têm apontado a liderança do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do influenciador Pablo Marçal (MDB) nas intenções de votos entre os evangélicos. Ambos apresentam discurso voltado ao eleitorado conservador e com posicionamentos caros à esquerda entre os religiosos, como a questão do aborto, por exemplo.
A campanha prevê a participação de 200 pessoas de diversas denominações diferentes no encontro de segunda-feira, o primeiro com os evangélicos já com a campanha nas ruas. A equipe de Boulos também projeta que a maioria dos participantes será de igrejas menores de periferia, onde há maior aceitação do público às campanhas de esquerda.
Apesar disso, há a expectativa de participação de congregados de grandes igrejas pentecostais, como a Assembleia de Deus Belém e a Assembleia de Deus Madureira. No entanto, a presença esperada é de fiéis e pastores, e não de lideranças, que normalmente são alinhadas com a direita.
Segundo pessoas ligadas à campanha, o encontro também busca combater as fake news que circulam sobre Boulos no segmento. Nestas eleições, o psolista tem acionado frequentemente a Justiça contra Pablo Marçal por acusá-lo, sem provas, de ser usuário de cocaína.
Outro objetivo da agenda de Boulos com os evangélicos, além de fortalecer as bases para a campanha à Prefeitura, inclui a abertura de um diálogo permanente com o segmento e derrubar a pecha de que a esquerda só procura os evangélicos em anos eleitorais.