Boulos diz que Câmara e STF vão conter “excessos” da CPI do MST
Deputado federal Guilherme Boulos (PSol), do MTST, minimiza impactos da CPI do MST e diz que membros da comissão vão falar para eles mesmos
atualizado
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São Paulo – O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) disse nesta sexta-feira (19/5), em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, que eventuais “excessos” da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta pela oposição para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deverão ser contidos pela própria Câmara dos Deputados e “pelo Judiciário”, em uma referência ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Boulos disse ainda que a CPI ficará restrita à atuação dos grupos políticos de direita que se organizaram ao redor da CPI. “Eles vão falar para eles mesmos. Se houver excessos, eles serão contidos pela própria Câmara e pelo Judiciário”, disse o deputado.
O deputado federal Ricardo Salles (PL), que tenta se viabilizar como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e mira Boulos como adversário, é o relator da CPI do MST. Ele deve tentar relacionar o movimento que defende a reforma agrária para geração de renda em regiões rurais com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao qual Boulos é ligado, que reivindica moradias em áreas urbanas.
Boulos esteve em Guarulhos para a inauguração da 39ª unidade do programa Cozinha Solidária do MTST, que arrecada alimentos e distribui marmitas prontas de forma gratuita em áreas carentes. Boulos quer transformar a iniciativa em uma política pública federal por meio de um projeto de lei de sua autoria.
O deputado distribuiu comida para moradores da favela do Jardim Vermelhão e fez um discurso em defesa da nova política de preços da Petrobras do governo Lula (PT).
“A gente sabe o quanto o nosso povo sofreu nos últimos quatro anos com aquele Bolsonaro no governo”, disse Boulos. “O presidente Lula, nesta semana, já baixou o (preço do) botijão de gás, a gasolina e o diesel, e isso é importante”, disse o deputado.