Boulos diz achar pouco provável que Milton Leite o apoie contra Nunes
Milton Leite sinalizou descontentamento com Nunes e disse que ministros do governo Lula que são do União sugeriram que ele apoiasse Boulos
atualizado
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São Paulo – O deputado federal do PSol e pré-candidato à Prefeitura da capital paulista, Guilherme Boulos, demonstrou ceticismo sobre a declaração do vereador Milton Leite, presidente municipal do União Brasil, de que o partido não descartaria apoiá-lo contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) nestas eleições.
Presidente da Câmara Municipal e um dos principais aliados de Nunes, Leite declarou, na noite dessa quinta-feira (4/7), que a relação com o prefeito está estremecida. O Metrópoles divulgou que o vereador também sinalizou a possibilidade de romper com Nunes e apoiar outra pré-candidatura – incluindo a de Boulos.
Na tarde desta sexta-feira (5/7), em evento ao lado de ministros do governo Lula (PT) para lançar o Projeto das Cozinhas Solidárias, que surgiu de um projeto seu na Câmara dos Deputados, Boulos disse que soube das declarações de Milton Leite pela imprensa, mas que não vê possibilidade de receber o apoio do vereador.
“Não fui procurado por ninguém do partido do vereador Milton Leite. Acho pouco provável que uma situação dessas se consolide”, disse Boulos.
Durante o evento, Boulos criticou o projeto que previa multa de R$ 17 mil para quem doasse comida a moradores de rua, de autoria de um correligionário de Leite, o vereador Rubinho Nunes, apontado como possível sucessor de Milton Leite na presidência da Câmara.
Leite tem pleiteado mais espaço do União na Prefeitura de Ricardo Nunes e chegou a dizer que um eventual apoio a Boulos foi sugerido por ministros de Lula que são filiados ao União Brasil.
Além disso, nessa semana, o influenciador Pablo Marçal (PRTB), pré-candidato que tem disputado os votos bolsonaristas com Nunes na capital, conversou com caciques do União em Brasília e ofereceu à sigla uma vaga de vice em sua chapa em troca do apoio ao nome do governador goiano Ronaldo Caiado à Presidência da República em 2026.