Boulos declara casa à Justiça Eleitoral e patrimônio sobe a R$ 200 mil
Deputado federal Guilherme Boulos (PSol) registra candidatura à Prefeitura de SP na Justiça Eleitoral com patrimônio maior do que em 2022
atualizado
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São Paulo — O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) oficializou seu registro como candidato à Prefeitura da capital declarando um patrimônio total de R$ 199,6 mil à Justiça Eleitoral. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (2/8) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os bens declarados por Boulos incluem duas aplicações financeiras, metade de sua casa, localizada no Campo Limpo, na zona sul paulistana, e seu carro Celta 2009/2010, que ele usa em sua propaganda eleitoral.
O imóvel não constava em sua última declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, há dois anos, quando ele concorreu à Câmara dos Deputados.
Boulos foi o segundo deputado mais votado do país, com 1 milhão de votos. Na ocasião, seus bens somavam R$ 21,5 mil.
Antes de ser eleito, o parlamentar era professor e foi durante anos coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Antecedentes criminais
Em decorrência de sua atuação no movimento social, os certificados de antecedentes criminais apresentados por Boulos à Justiça trazem dois processos judiciais, ambos extintos.
Um é referente a um suposto “privilégio” apontado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) no acesso a moradias populares construídas em programas públicos, de 2014, e outro por uma prisão em flagrante por dano em 2012, em São José dos Campos. Ambos os processos já foram extintos pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Há ainda referência a um processo judicial que está em segredo de Justiça, em Embu das Artes, cujo conteúdo não é divulgado pela Justiça paulista.
O deputado e candidato do PSol ainda é citado em dois processo de injúria, calúnia e difamação. Um movido pelo empresário Flavio Rocha, dono da rede Riachuelo, em 2018, que foi extinto pela Justiça sem punição ao deputado. E outro do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que ainda segue em andamento.
Nenhum desses casos inviabiliza o processo de candidatura de Boulos. Para que um candidato seja declarado ficha suja e impedido de disputar a eleição, ele precisa ter condenação por órgão colegiado.
A candidatura de Boulos tem um limite de gastos determinado pelo TSE em R$ 62,87 milhões para o primeiro turno e R$ 26,9 milhões no segundo turno. Além do PSol, sua coligação inclui PT, PCdoB, PV, PDT e Rede.
Já a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), vice na chapa de Boulos, declarou um patrimônio de R$ 14 milhões.