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Boulos usa projeto próprio para criticar PL que multa doação de comida

Boulos usou palanque federal com ministros em lançamento de projeto de Cozinhas Solidárias para criticar proposta de aliado de Nunes

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Homem branco com barba veste camisa branca e touca higiênica - Metrópoles
1 de 1 Homem branco com barba veste camisa branca e touca higiênica - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) utilizou um evento de lançamento do Programa Nacional de Cozinhas Solidárias, na tarde desta sexta-feira (5/7), para fazer um contraponto ao projeto que previa multa para doações de alimentos a moradores de rua.

Na semana passada, a Câmara Municipal da capital paulista aprovou em primeiro turno projeto que previa R$ 17 mil de multa a quem doasse comida a pessoas em situação de rua. A proposta é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), que integra a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), principal adversário de Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo.

Autor do projeto de lei que originou o Cozinhas Solidárias, programa que prevê distribuição gratuita de alimentos a pessoas em situação de fome, Boulos participou de um evento em Cidade Dutra, na zona sul paulistana, ao lado dos ministros Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social). No local, anunciou a construção de sete novas cozinhas na periferia paulistana a partir da próxima semana.

“Isso é muito importante, porque é chocante ver que tem pessoas que são contra combater a fome Tem pessoas que colocam as suas opiniões ideológicas acima do combate à fome. É uma loucura o que nós vimos: um projeto de um vereador apoiado pela base do atual prefeito aqui em São Paulo que queria multar em 17 mil reais as pessoas que distribuíssem alimento”, disse Boulos.

O pré-candidato à Prefeitura acrescentou que os recursos que permitiram a construção de novas Cozinhas Solidárias vieram tanto do governo Lula (PT) como de emendas parlamentares do próprio Boulos. O psolista tem utilizado a atuação como deputado para rebater críticas de que não teria experiência com cargos no Executivo.

PL polêmico teve aval da oposição

Antes de ir à votação em plenário, o Projeto de Lei (PL) que prevê multa de R$ 17 mil a quem doasse comida a moradores de rua já havia sido aprovado pelas comissões temáticas da Câmara Municipal, no dia 4 de junho.

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MTST promove marmitaço em frente à Câmara Municipal de SP
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No Colégio de Comissões, que reúne todas as comissões pelas quais o texto deve passar, a proposta foi aprovada com 25 votos a favor e apenas um contrário, do vereador Hélio Rodrigues (PT). Seis vereadores da oposição foram favoráveis: os petistas Adriano Santos, Arselino Tatto, Jair Tatto, João Ananias e Manoel del Rio, além da psolista Silvia Ferraro.

Os votos dos vereadores de oposição foram mencionados por Rubinho Nunes em entrevista ao Metrópoles. Questionado sobre o aval deles, Boulos afirmou que o resultado pode ter sido fruto de uma aprovação simbólica.

“Em comissão existem as aprovações simbólicas, nas quais não se vota, e aí consta todo mundo que estava presente na comissão como tendo aprovado. Em plenário, que é onde importa, tanto a bancada do PSol quanto a bancada do PT votaram contra esse projeto”, disse nessa sexta.

Diante da repercussão negativa teve a tramitação suspensa na última semana diante da repercussão negativa.

O texto foi aprovado em primeiro turno na Câmara no dia 26 de junho, em votação simbólica que durou 34 segundos. O texto deveria ser submetido a uma segunda votação, antes de ser encaminhado para sanção do prefeito, mas eve a tramitação suspensa diante da repercussão negativa.

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