Boulos aciona MPSP contra fechamento de banco de sangue na zona sul
Posto de coleta de sangue localizado no Hospital Campo Limpo possui contrato com a Prefeitura e anunciou o fim das atividades no dia 20/6
atualizado
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São Paulo – O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) pediu que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) investigue o fechamento do posto de coleta de sangue localizado no Hospital Campo Limpo, na zona sul da capital paulistana, em meio a alertas de que estoques estaduais de sangue estão baixos.
A ação foi protocolada nesta sexta-feira (23/6), três dias após a Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), organização social que possui contrato com a Prefeitura paulistana, anunciar o fim das atividades no local na terça-feira (20/6).
Na representação, Boulos argumentou que a Secretaria Municipal de Saúde não havia sido comunicada sobre o fechamento do posto no Campo Limpo.
“É no mínimo suspeito que uma entidade que está recebendo dinheiro do município cancele a prestação do serviço enquanto a Prefeitura sequer sabe o que está acontecendo”, disse o deputado federal em nota.
No pedido enviado ao MPSP, Boulos acrescentou que, segundo a própria Colsan, o posto de saúde mais próximo fica no bairro da Aclimação, a 19 km de distância da unidade fechada, o que “compromete as doações de sangue e a urgente reposição dos estoques”.
Estoques baixos de sangue
De acordo com a Fundação Pró-Sangue, os estoques têm o suficiente para garantir o abastecimento de 30% do volume necessário. As doações para os tipos sanguíneos O+, O- e B- se encontram em estado crítico, enquanto os tipos A+ e B+ estão em alerta. Já os tipos A-, AB+ e AB- estão estáveis.
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que o contrato com a Colsan permanece ativo e funciona para os postos de coleta de todos os hospitais da rede municipal.
“Para o serviço de coleta de sangue, de inteira responsabilidade da Colsan, a SMS apenas cede espaço quando a entidade solicita. A associação mantém outros postos de coleta distribuídos pela cidade”, declarou a pasta em nota.
A Colsan não retornou a reportagem até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.