Bombeiro salva cachorrinha atropelada em rodovia de SP. Vídeo
Bombeiro Alex Fachini se deparou com cachorrinha atropelada na Rodovia Raposo, em SP, enquanto seguia com seu guincho para Itapeva
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — Motorista de um guincho dos bombeiros, o cabo Alex Fachini estava, na tarde deste sábado (1º/7), a caminho de Itapeva, a 280 km de São Paulo, quando se deparou com um animal atropelado em plena Rodovia Raposo Tavares, na altura do km 114, em Araçoiaba da Serra (SP). Não demorou muito para descobrir que se tratava de uma cachorrinha ferida.
“De pronto, eu vi que ela estava em uma faixa da esquerda. É uma rodovia de trânsito rápido, 90 km/h. Parei o guincho e pulei. No que fui para cima dela, tentando resgatá-la, por pouco não aconteceu outro acidente, com outro veículo quase passando por cima dela”, disse Fachini.
⏯️Bombeiro resgata cachorrinha atropelada em rodovia de SP. pic.twitter.com/ddTCdmuriM
— Metrópoles (@Metropoles) July 1, 2023
Foi ali que Fachini percebeu que a sua missão original, corriqueira na vida de um guincheiro, a de buscar uma viatura antiga que um dia irá a leilão, tinha se transformado em outra coisa completamente diferente do que imaginava para esta tarde de sábado — o clássico caso das mudanças de direção que, muitas vezes, cruzam o caminho das pessoas, sem que elas tenham pedido por isso.
O cabo dos bombeiros então atendeu ao chamado da natureza — e de ofício, sempre vigilante— e se dedicou ao resgate da cachorrinha. Fez sinais para parar o trânsito e alertar para o fato de que havia uma vida ali, em plena faixa de rolamento, precisando ser salva. Não tardou a se aproximar do animal ferido pelo tráfego sempre intenso e repleto de motoristas com senso de urgência, mesmo aos sábados.
“Ela estava com uma fratura exposta na pata direita. Peguei minha bolsa de primeiros socorros, fiz um curativo compressivo para conter o sangramento e uma imobilização com a tala. Cobri com uma manta térmica e pedi apoio para a CCR [concessionária responsável pela rodovia]”, disse.
O bombeiro então contou com a ajuda de um veterinário que passava pela rodovia e que, ao notar o que havia acontecido, também parou seu veículo e preparou uma medicação para aliviar as dores do pequeno animal. “Foi a corrente do bem agindo por ela”, afirmou Fachini.
A noite caiu e Fachini continuou ao lado da cachorrinha, envolta em uma manta térmica. Autorizado pelos superiores, o bombeiro seguiu com ela até uma clínica em Mairinque, para onde são levados pela concessionária os animais atropelados na rodovia. A missão seguia noite adentro.
Na clínica, o cabo dos bombeiros ouviu que a cadelinha tinha entre oito e dez anos, que a temperatura dela era boa e que deveria passar por uma cirurgia por causa da fratura. Mesmo antes de se recuperar plenamente, ela já ganhou um nome provisório do novo amigo sempre atento que a salvou à beira da estrada. “Como a rodovia é a Raposo Tavares, decidi então chamá-la de Raposa”, contou Fachini.
