“Bolsonaro precisa ter essa clareza”, diz Nunes sobre estar no 2º turno
Ricardo Nunes (MDB) garantiu que estará no 2º turno das eleições municipais, saindo a frente de Pablo Marçal (PRTB)
atualizado
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São Paulo — O prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) disse, neste domingo (6/10), que “Bolsonaro precisa ter clareza” de que ele [Nunes], e não Pablo Marçal (PRTB), irá para o segundo turno em São Paulo. Os dois candidatos disputam o protagonismo do campo da direita nesta eleição municipal. Com isso, o apoio do ex-presidente entrou em disputa entre os concorrentes.
Minutos antes, Jair Bolsonaro (PL) disse, após votar no Rio de Janeiro, que Marçal será sua opção de voto caso Nunes não consiga avançar no pleito. O atual prefeito é o candidato oficial do ex-presidente em São Paulo.
Marçal ou Nunes podem disputar o segundo turno com o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), considerado por Bolsonaro o adversário máximo. “Contra Boulos, estou com qualquer um”.
Boulos, Nunes e Marçal registram empate técnico nos votos válidos, segundo as últimas pesquisas eleitorais. Portanto, o cenário do segundo turno das eleições municipais de São Paulo ainda é incerto.
“A posição dele [Bolsonaro] tem que ser sempre respeitada, como a de qualquer pessoa que toma uma decisão de apoio”, disse o candidato do MDB. Em seguida, ele garantiu que seguirá na corrida pela reeleição.
“Ele vai continuar me apoiando, porque serei eu no segundo turno. Bolsonaro precisa ter essa clareza.”
Nunes deu a declaração após acompanhar o aliado político Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em uma escola particular no Morumbi, onde o governador votou.
Tarcísio foi questionado se Nunes deve buscar o apoio de Marçal caso vá ao segundo turno contra Boulos. No entanto, o político não respondeu.
Essa é “uma discussão para amanhã”, segundo o governador. “Entendo que todos os eleitores num cenário de segundo turno são importantes”, completou.
No dia anterior, Tarcísio respondeu a mesma pergunta de outra maneira, afirmando que jamais irá endossar a esquerda.
Nunes, por outro lado, foi taxativo: “Não converso com bandido”, disse, em referência ao adversário do PRTB, acusado de ter conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC).