Bolsonaro pede anistia aos presos pelo ato de 8/1: “Pobres coitados”
Em ato na Avenida Paulista, Bolsonaro não citou o STF ao criticar as condenações dos acusados de participar dos atos golpistas
atualizado
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São Paulo — Sem mencionar o Supremo Tribunal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou as “poucas pessoas” que determinam as penas dos acusados de depredar as sedes dos Três Poderes no 8 de Janeiro de 2023, em Brasília. “Quem porventura depredou o patrimônio, que pague. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade”, disse durante discurso em ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), na tarde deste domingo (25/2).
Na última sexta-feira (23/2), o STF formou maioria para condenar mais 15 réus acusados de participar dos atos golpistas. As penas impostas pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, variam de 12 a 17 anos de prisão para oito mulheres e sete homens.
Pedido de anistia
Do alto de um trio elétrico, Bolsonaro pediu anistia aos acusados de participar de atos golpistas.
“Teria muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz. O que eu busco é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília”, disse Bolsonaro.
O discurso do ex-presidente encerrou o ato que reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista. A concentração começou no período da manhã, horas antes do início do evento, que começou por volta das 15h.
Além de Bolsonaro, discursaram para o público presente a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o pastor Silas Malafaia, principal organizador do evento.