Bolsonaro fala em “Salles prefeito” e indica ruptura com Nunes em SP
Ex-presidente Jair Bolsonaro fez elogios ao ex-ministro do Meio Ambiente e disse que Salles fez um “excelente trabalho” na pasta federal
atualizado
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São Paulo – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou, em entrevista na sede do PL, em Brasília, na tarde desta terça-feira (12/12), que pode apoiar o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) para a disputa da Prefeitura de São Paulo em 2024.
Bolsonaro fez elogios ao trabalho de Salles, que foi ministro do Meio Ambiente no governo dele, e chegou até a dizer “Salles prefeito”.
“Muita gente gosta do Salles, eu também sou simpático a ele, foi meu ministro, fez um excelente trabalho lá no (ministério do) Meio Ambiente e seria uma oportunidade de recompensá-lo. São Paulo merece realmente um nome de uma pessoa que vá fazer pelo município, e não fazer por um partido”, disse o ex-presidente.
A declaração foi divulgada em vídeo nas redes sociais de Ricardo Salles e indica uma ruptura nas negociações com o atual prefeito, Ricardo Nunes.
#sallesprefeito pic.twitter.com/wIGbUW51yy
— Ricardo Salles (@rsallesmma) December 12, 2023
A fala de Bolsonaro é mais um capítulo no esfriamento da relação entre o ex-presidente da República e o atual prefeito de São Paulo. Desde o início do ano, o ex-chefe do Planalto tece elogios públicos a Nunes. Jair Bolsonaro chegou a afirmar que os dois passavam por uma espécie de “namoro”, mas que ainda faltava “tomar muita tubaína” juntos para a parceria se concretizar.
Porém, a hesitação do prefeito em abraçar pautas bolsonaristas e em defender o ex-presidente de notícias negativas a ele irritou Bolsonaro e seus aliados. Nunes não quer “herdar” a rejeição a Jair Bolsonaro, mas também quer evitar a ascensão de um candidato bolsonarista, que poderia roubar votos direcionados a ele.
O PL sofre com embates internos para a definição do candidato para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Valdemar Costa Neto, presidente do partido, defende uma chapa com Nunes em troca da indicação do vice. Já Bolsonaro não avaliza esse apoio com convicção.