Bolsonaro diz que PL tem que resolver “problemas” e cita eleição de SP
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de evento neste domingo (24/9) e falou de problemas para eleições municipais de 2024
atualizado
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São Paulo – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, durante um evento neste domingo (24/9), que o seu partido precisa resolver problemas para a disputa das eleições municipais de 2024 e, sem falar o nome do prefeito Ricardo Nunes (MDB), citou o caso da cidade de São Paulo.
“Temos eleições municipais no ano que vem, estamos acertando o partido, aparecem alguns problemas. Conversei com o nosso presidente [Valdemar Costa Neto] na semana passada”, declarou Bolsonaro. “Temos alguns outros problemas por aí, pintaram alguns problemas em São Paulo, vai resolver”.
A declaração foi feita durante o Cpac 2023, realizado em Belo Horizonte e divulgado como “o maior evento conservador do mundo”. Bolsonaro participou à distância e o seu discurso foi transmitido em telão.
A fala do ex-presidente acontece em meio às tentativas do prefeito Ricardo Nunes, na disputa pela reeleição, de conseguir o apoio de bolsonaristas sem colar demais sua imagem a Bolsonaro. Pesquisas recentes mostram que o ex-presidente tem alto índice de rejeição na capital paulista.
Relação conturbada
Bolsonaro e Nunes já tiveram uma série de encontros em São Paulo neste ano, mas a formalização do apoio ao prefeito nunca saiu. Esse, no entanto, é o desejo já externado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que quer a coligação com o emedebista.
O entrave ocorre porque Nunes não cede às vontades de bolsonaristas, tanto em relação a cargos na Prefeitura, quanto à vaga de vice na chapa. Algumas declarações sobre sua relação com Bolsonaro também são interpretadas como contraditórias.
Como o Metrópoles antecipou no início do mês, aliados de Bolsonaro ficaram irritados com o que consideram “falta de reciprocidade” no tratamento dado aos bolsonaristas pelo prefeito e passaram a cogitar lançar uma candidatura própria à Prefeitura de São Paulo.
Os bolsonarista também decidiram adotar a estratégia de focar os ataques em Guilherme Boulos (PSol), o principal concorrente de Nunes, e deixar o prefeito de São Paulo, publicamente, de lado.