Bolsonaro deixa hospital em SP após cirurgia sem falar com a imprensa
Ex-presidente Jair Bolsonaro ficou quatro dias internado para realizar dois procedimentos médicos em hospital na capital paulista
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, no início da tarde desta sexta-feira (15/9), acompanhado da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e do advogado Fabio Wajngarten.
Bolsonaro acenou para apoiadores que estavam reunidos em frente ao hospital e entrou no carro sem falar com a imprensa.
O ex-presidente teve alta hospitalar após passar quatro dias internado para realizar dois procedimentos médicos: uma cirurgia para corrigir um desvio de septo nasal e uma endoscopia digestiva.
Inicialmente, uma cirurgia para a correção das alças intestinais também estava prevista, mas foi descartada. Segundo o médico Antonio Luiz Macedo, que trata o sistema digestivo de Bolsonaro desde a facada sofrida por ele em setembro de 2018, não houve necessidade porque o intestino não estava obstruído.
De acordo com o médico otorrinolaringologista Salomão Carui, responsável por operar o septo nasal de Bolsonaro, a data da alta dependia da recuperação em relação ao procedimento na cavidade. Ele tinha pequenos sangramentos na região.
Visita de Nunes
Na manhã desta sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi ao Hospital Vila Nova Star para visitar Bolsonaro, em meio ao atrito entre o emedebista e bolsonaristas próximos ao ex-presidente por causa das eleições municipais de 2024. Os dois conversaram por cerca de 40 minutos e, na saída, o prefeito disse que “não há rusgas” entre eles.
Nunes quer o apoio de Bolsonaro para sua reeleição, mas hesita em dar cargos e a vice em sua chapa aos bolsonaristas. Nesta semana, ainda internado, Bolsonaro defendeu que o PL lance candidato próprio a prefeito e apoie Nunes em um eventual segundo turno.
Enquanto esteve internado, Bolsonaro também recebeu visitas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.