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Bola de Neve acusa pastora Denise, ex de Rina, de invadir igreja

Atual conselho da Igreja Bola de Neve ajuizou um processo de reintegração de posse. Defesa de Denise Seixas pede extinção da ação

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Defesa de Rina alega que documento vazado em velório era minuta de pedido de renúncia formulada com aval da pastora Denise em agosto - Metrópoles
1 de 1 Defesa de Rina alega que documento vazado em velório era minuta de pedido de renúncia formulada com aval da pastora Denise em agosto - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

São Paulo – O atual conselho administrativo da Igreja Bola de Neve acusa a pastora Denise Seixas, ex-esposa do fundador e líder da instituição, Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, conhecido como apóstolo Rina, de invadir a sede religiosa, no dia 29 de novembro passado, em uma postura vista como tentativa de assumir a presidência da igreja. No mesmo dia, por meio de representantes jurídicos, o colegiado ajuizou um processo de reintegração de posse.

Em contrapartida, a defesa de Denise se manifestou pedindo a extinção da ação. Segundo o advogado da pastora, os autores da petição inicial “não possuem procuração ou credibilidade” para representar a Bola de Neve.

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Denise Seixas era casada com Rina
Ele morreu em 17 de novembro deste ano
Ela é cantora gospel
Após uma queda, Rina sofreu uma fratura grave na clavícula
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O pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira era líder e fundador da Igreja Bola de Neve

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Denise Seixas era casada com Rina

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Ele morreu em 17 de novembro deste ano

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Ela é cantora gospel

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Após uma queda, Rina sofreu uma fratura grave na clavícula

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Invasão de pastora na Bola de Neve

Em 18 de novembro, o conselho da Bola de Neve elegeu Gilberto Custódio de Aguiar como vice-presidente interino. Representado pelos advogados Antônio Palma, Antonio Dourado, Luís Antônio Ribeiro e Renato Armoni, o colegiado ajuizou uma ação de reintegração de posse ao acusar Denise de invadir a igreja.

“Denise adotou postura agressiva e ‘demitiu’ funcionários, como se tivesse poderes para tanto. Assustados e coagidos, os funcionários
deixaram o prédio para não confrontarem aquela que já foi a vice-presidente da igreja. Além disso, a presença de quatro pessoas ao lado da ré, que disseram ser seus advogados/representantes, também teve o intuito de intimidar os colaboradores da autora”, segundo consta nos autos.

Um vídeo mostra a pastora dentro da igreja, no dia 29. De vestido vermelho, ela sai de uma sala e conversa rapidamente com dois homens. Em seguida, os três entram em outra sala (assista abaixo).

Denise se retirou da igreja no mesmo dia. No entanto, o objetivo do pedido de reintegração de posse é “comprovar que a presença dela no local é indevida”, diz o conselho.

Procurada pelo Metrópoles nessa quarta-feira (4/12), a defesa de Denise Seixas garante que a pastora tem ido à sede da Bola de Neve “quando necessário”, assim como aos templos da instituição religiosa. “Ela foi à igreja porque é presidente. Pode entrar e sair na hora que quiser”, alega o advogado Anderson Albuquerque.

Renúncia ao comando da igreja

A pastora Denise Seixas, ex-esposa do apóstolo Rina, aceitou deixar o cargo de vice-presidente da instituição em agosto deste ano, no acordo de divórcio entre os dois.

O documento foi assinado quase três meses antes da morte do ex-esposo, no dia 17 de novembro, em um acidente de moto na Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, no interior paulista. Durante o velório dele, uma minuta da renúncia que não estava assinada por Denise causou confusão entre familiares e membros da igreja, em meio a uma disputa pelo comando da Bola de Neve.

O acordo de divórcio, ao qual o Metrópoles teve acesso, mostra, no entanto, que Denise havia concordado, no dia 27 de agosto, em renunciar ao seu cargo como vice-presidente da Bola de Neve, permanecendo com o título de cofundadora e o cargo de pastora. Além disso, ela receberia uma remuneração de R$ 10 mil por mês, mais o plano de saúde da igreja.

“Em relação à estrutura e participação na organização religiosa Igreja Evangélica Bola de Neve, Denise renuncia, a partir da assinatura do presente acordo, seu cargo como vice-presidente, permanecendo com o título de cofundadora e com o cargo de pastora”, diz uma das cláusulas do acordo, no item sobre “partilha de bens do casal”.

Em nota, anteriormente, a defesa de Denise Seixas afirmou que as partes não formalizaram o divórcio, estando apenas separadas de fato: “Ressalta-se que a referida minuta nunca foi levada ao Judiciário, e as partes estavam discutindo a possibilidade de uma reconciliação”.

O texto declara ainda que uma minuta de divórcio não pode tratar da administração da Igreja Bola de Neve, uma associação sem fins lucrativos que não pertence a nenhuma pessoa específica, mas sim à coletividade dos fiéis.

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