Depois de BO por reality, Justiça cobra explicações de Pablo Marçal
Juíza que determinou que Marçal não poderia fazer novo evento após resgate na mata pede cópia de BO registrado depois de reality show em SP
atualizado
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São Paulo — A juíza Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche, da Comarca de Piquete, cidade a 218 km da capital paulista, pediu à Polícia Civil a cópia de um boletim de ocorrência que registrou o que, segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), comprova que o influencer Pablo Marçal (PRTB), pré-candidato à Prefeitura, desrespeitou uma decisão judicial.
Além de requerer uma cópia do BO, a juíza também pediu para o influencer se manifestar sobre a realização de um reality dentro dos próximos 15 dias.
Marçal está proibido de “realizar qualquer atividade externa precipuamente na natureza (seja em montanhas, picos, rios, lagos, mares, ou em locais correlatos), por si ou por interposta pessoa, sem prévia e expressa autorização da Polícia Militar” desde janeiro de 2022.
A proibição, em caráter liminar, decorre de um caso protagonizado por Marçal naquele mesmo mês. O influencer, na ocasião, levou 32 pessoas ao topo do Pico do Marins (SP), na Serra da Mantiqueira, e todos precisaram ser resgatados pelo Corpo de Bombeiros. A ação resultou em um processo.
Conforme antecipou o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, em maio deste ano, Marçal organizou um reality show que terminou com um dos participantes procurando a polícia para denunciar uma série de maus-tratos.
Autor da denúncia, Luiz Godoy afirma ter sido agredido e xingado por monitores durante sua participação no reality, que tem provas de resistência física e psicológica. Em depoimento de duas horas à polícia, ele disse que levou socos na barriga e foi chamado de “trouxa” e “bosta” com o objetivo de, segundo os mentores do programa, “desbloquear a mente”.
O boletim de ocorrência foi registrado por Godoy em Serra Negra, no interior de SP.