Blocos cobram de Nunes medidas contra chuva e calor no Carnaval de SP
Organizadores de blocos do Carnaval de rua divulgaram carta exigindo medidas para a segurança de foliões diante de condições climáticas
atualizado
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São Paulo – Os blocos de rua de São Paulo divulgaram, nessa terça-feira (23/1), uma carta em que cobram da prefeitura da capital medidas preventivas diante da possibilidade de “desastres meteorológicos e climáticos” durante o Carnaval de 2024. Mais de 50 blocos assinam a carta, além de organizações ambientais, como o Greenpeace.
Entre as medidas exigidas pelos blocos está a distribuição gratuita de água potável. O texto cita um decreto do Ministério da Justiça publicado após a morte de Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que teve exaustão térmica durante show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, em novembro. A norma obriga a distribuição gratuita de água em eventos feitos em dias de calor.
A carta divulgada pelos blocos pede, ainda, que as autoridades fiscalizem o valor da água mineral comercializada pelos ambulantes, “a fim de coibir aumento abusivo de preços e ônus excessivo aos consumidores”.
Os organizadores também defendem que a prefeitura seja flexível no que diz respeito à saída dos blocos em dias de calor excessivo.
“Caso no horário da concentração as temperaturas estejam no Estado de Alerta Máximo – quando as temperaturas superam os 37°C — ou estejam ocorrendo chuvas intensas com ocorrências de alagamentos e enchentes, o bloco deve poder decidir atrasar a concentração ou a saída do desfile em algumas horas, com possibilidade de postergar para o período noturno, alterando a norma de proibição do som a partir das 18h”, diz trecho do documento.
Em caso de intensidade e frequência de eventos meteorológicos e climáticos, o pedido é para que sejam estabelecidas novas datas. Os dias 24 e 25 de fevereiro são sugeridos como alternativas.
O Metrópoles questionou a Prefeitura de São Paulo sobre as medidas exigidas pelos organizadores dos blocos e aguarda retorno.